![[Resenha] Amor (es) Verdadeiro (s)](https://goutyne.com/wp-content/uploads/2023/11/Resenha-Amor-es-Verdadeiro-s.webp "Resenha Amor es Verdadeiro s")
E a autora Taylor Jenkins Reid que escreveu Amor (es) Verdadeiro (s) se tornou a favorita do universo literário no último ano, não é segredo algum. São vários elogios aos seus livros e à própria autora. Eu, tentando evitar um pouco a fama de Evelyn Hugo, optei por ler “Amor (es) Verdadeiro (s)”, lançado recentemente pela Paralela, e acabei me apaixonando.
Emma é uma mulher de 31 anos que está noiva do perfeito Sam. Sua vida não poderia estar melhor até que ela recebe uma ligação de seu marido. Sim, marido e não ex-marido. Parece estranho, mas a questão é que Jesse estava desaparecido há cerca de quatro anos, inclusive sendo dado como morto, porém não foi isso que aconteceu com ele após um acidente de helicóptero.
A vida de Emma se torna um caos nesse momento, onde ela não sabe o que fazer, como fazer e muito menos o que sentir. É uma premissa que pode despertar nos leitores a impressão de ser somente um triângulo amoroso, mas o livro Amor (es) Verdadeiro (s) está longe de ser isso. Emma é uma personagem cativante, pois para mim ela reflete até mesmo quem eu costumava ser em alguns aspectos aos 18 anos: odiava sua cidade natal, queria conhecer o mundo, fazer coisas inimagináveis e ser livre.
E ela fez isso ao lado de Jesse, seu amor da adolescência. Eles tinham uma vida muito feliz juntos e eu amei quando ela nos conta como eles se conheceram na adolescência e como o sentimento entre eles foi surgindo, pois nada daqui me deu a impressão de ser uma história perfeita, sabe? Mas uma história bonita em que duas pessoas que se apaixonam decidem construir juntas. E é triste ver que essa história foi interrompida por um trágico acidente.
Após um longo período de luto, em que decide voltar para sua cidade natal e ajudar sua família a cuidar da livraria, Emma reencontra Sam, um amigo de infância, e percebe que precisa se dar uma nova chance de ser feliz e de amar novamente. Assim, ela começa a construir uma nova história ao lado dele.
É clara a mudança de Emma ao longo da história, e eu também gostei muito de sua versão ao lado de Sam, sabe? Uma versão calma, que deseja uma família e ama animais de estimação, além de estar mais tranquila em relação à loucura das viagens e do trabalho. Sem entrar em detalhes, Sam também é um ótimo noivo e o relacionamento deles é tão fofo, que parece até um romance água com açúcar.
Amor (es) Verdadeiro (s)
Que engraçado, né? Os homens costumam ver a traição nas coisas que fazemos e não naquilo que sentimos.
Emma sabe que ama os dois homens, cada um de uma forma diferente, mas sabe que é Amor (es) Verdadeiro (s). No entanto, ela precisa fazer uma escolha. Ficar com seu marido ou se casar com Sam? Neste momento, pode parecer que o Amor (es) Verdadeiro (s)gira em torno dessa escolha que ela precisa fazer, e em certo aspecto sim, mas não há um drama em torno disso.
Emma é tão racional que mesmo no auge de suas emoções, ela consegue fazer a coisa certa, o que é até estranho quando estamos acostumadas com personagens que se deixam levar o tempo todo pela emoção. A autora nos entrega uma grande história de amadurecimento e a percepção de que os relacionamentos passam por fases e nem sempre essas fases precisam nos machucar ou machucar o outro.
Em Amor (es) Verdadeiro (s) onde a protagonista gosta ou ama duas pessoas ao mesmo tempo, geralmente acabamos escolhendo um deles, mas neste caso, eu não consegui escolher nenhum dos dois. Isso me fez gostar ainda mais de ter conhecido essa autora que está sendo tão aclamada nos blogs e no Instagram literários.
Não acho que haja uma escolha certa ou errada para ela, apesar de entender o que a levou a escolher quem ela escolheu. Qualquer um dos dois é uma representação de algo para Emma, assim como qualquer um dos dois a faria feliz como ela merece. É um livro que eu amei muito e, claramente, vai me fazer ler outras obras dessa autora.
