[Resenha] Uma rosa só

Goutyne
By Goutyne
Resenha Uma rosa so

Trago hoje a resenha do livro ‘Uma Rosa Só’, da autora francesa Muriel Barbery, já conhecida no Brasil por ‘A Elegância do Ouriço’. De início, é notável a sensibilidade da autora ao contar histórias distintas, mantendo sua marca na escrita.

Existe um provérbio japonês que diz: ‘O MUNDO É UMA CEREJEIRA QUE NÃO OLHAMOS DURANTE TRÊS DIAS.’ Esse é o período de desabrochar da cerejeira, flor símbolo do Japão, conhecida como Sakura, representando a impermanência. É um lembrete sobre a preciosidade do tempo, incentivando escolhas sábias, apreciação do momento e celebração de sua passagem.

O livro narra a história de Rose, uma mulher de 40 anos que viaja de França a Kyoto, no Japão, após a morte de seu pai. Compreender a protagonista levou um tempo, pois Rose é amargurada devido a uma vida conturbada. Seu passado é revelado aos poucos conforme a narrativa se desenrola. Cada capítulo é precedido por um provérbio japonês, conectando toda a trama. A escrita transborda a natureza, transportando o leitor para as ruas japonesas, jardins zen e cerimônias tradicionais de chá.

Rose desconhecia seu pai e ficou surpresa ao descobrir não apenas um testamento, mas um itinerário de passeios por templos e restaurantes deixado por ele. Aos poucos, segredos de Haru, seu pai, e suas próprias dores e descobertas emergem, abrindo espaço para uma nova vida e talvez um novo amor.

Acompanhamos Rose, uma mulher de 40 anos criada por sua avó, que recentemente descobre ser herdeira de um pai rico no Japão. Ao viajar para lá, interage com funcionários próximos de seu pai e segue um roteiro turístico por ele deixado.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas mantém a perspectiva da protagonista. Sentiu-se uma ausência de introspecção nos pensamentos de Rose sobre a mudança repentina de país, cultura e a revelação de ter tido um pai presente, mas ausente por causa de sua mãe.

Durante a viagem, sua relação com Paul se desenvolve, e ela descarrega suas frustrações em relação à paternidade nele. Paul, gradualmente, revela camadas complexas, iniciando como figura profissional e se mostrando afetuoso e romântico.

Embora haja romance, não é o foco principal; o relacionamento de Rose e Paul é relevante, mas secundário para a protagonista.

Kyoto é um destaque no livro, porém, a imersão na cidade parece limitada aos templos e restaurantes visitados por Rose, dando a impressão de monotonia. Apesar disso, gostei do livro e considero Muriel Barbery uma das autoras queridas do momento, apesar dessa ressalva sobre a descrição dos locais na trama.

Uma rosa só: Romance

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