[Resenha] As Mil Noites

Redação

Eu não leio um livro há muito tempo, portanto, não faço resenha a um bom tempo! Mas eu estar aqui hoje significa que, 1) eu estava super querendo esse livro para lê-lo imediatamente após ter caído em minha mão, 2) que esse livro não é nada pouca coisa para eu ignorá-lo, e 3) ele realmente não é por eu não ter conseguido parar de ler. Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas em vista do ano passado, eu estou morta nas minhas leituras. 

As Mil Noites obviamente como o título sugere fala sobre As Mil e Uma Noite, mas de uma forma diferente. Muito diferente. Em primeiro lugar, eu estranhei a escrita. Eu não sou uma leitora que se apega aos “detalhes da narração”, mas teve alguns momentos que eu fiquei perdida mesmo para alguém que não é atenta o bastante. A escrita foi um pouco confusa para mim, mas entendível, quando eu entendia, vibrante e apaixonante. 

As Mil Noites é diferente dos diversos outros contos que já lemos antes. Aqui, Lo-Melkhiin não é nada como os outros sutões que já lemos. Aqui ele é… uma coisa. Aqui nesse livro o que está por trás do rei levar moças ao assassinato é uma coisa maior e mais assustadora. A influência de, como posso chamá-la, da mocinha, é muito maior. Eu li o livro todo e apenas nos agradecimentos que eu percebi que os personagens não tinham nome! Nem a personagem principal com seu grande papel. Ninguém exceto Lo-Melkhiin! E eu sequer tinha percebido, que grande sacada! 

Nesse livro a protagonista não consegue sobreviver dia após dias contando histórias, mas o que intrigava o rei era como ela ainda vivia. Esse livro é mais fantasioso e mágico das outras versões das As Mil e Uma Noites. É feminista. Enquanto eu lia esse livro me lembrou bastante a série disponível na Netflix baseada no livro de mesmo nome, The Red Thend. Amei os personagens terem pele escura, exceto um estrangeiro que é claro como o leite. 

Eu confesso que, por não saber o que esperar, eu me via torcendo por Lo-Melkhiin se redimir e confesso ainda mais que eu não via ele como o vilão. Pelo menos não até o final. Eu que raramente costumo gostar de trilogias me vi desejando ter uma sequência, até porque, achei esse livro muito curto.

Pela primeira vez eu achei que um livro daria muito pano para a manga para uma sequência e decepcionadamente ele é único. Lo-Melkhiin e sua esposa são poderosos e faiscantes demais para apenas um livro. Pelo menos dava para esticar esse livro em uma duologia! Que frustrante! Quando acabei de ler me senti envolvida naqueles contos de fadas minúsculos, e isso é bom e ruim ao mesmo tempo. 

Para quem amou A Fúria e a Aurora, pode não gostar apaixonadamente desse livro pela pegada não tão romântica e da desconstrução do rei que todo mundo amou. Lo-Melkhiin pode ser enigmático, maquiavélico, intrigante a princípio, mas ele é assustador demais para um mocinho. 

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