[Resenha] A menina que brincava com fogo: 2

Redação

Conheci a série Millennium pelo filme americano que me agradou bastante e assim fui atrás do livro que tem suas diferenças, mas é tão excelente quanto. Porém não estou aqui para falar sobre Os Homens que não Amavam as Mulheres e sim sobre o segundo livro da série A Menina que Brincava com Fogo e se você ainda não leu, não se preocupe, vou fugir dos spoilers!

Inicialmente, se você não leu o primeiro livro da série, não vai entender algumas coisas desse segundo. Os acontecimentos são interligados e apesar de contar uma história diferente, existem citações aos acontecimentos da primeira trama e com isso spoilers da mesma.

Se você leu, vai perceber que esse segundo difere do anterior em alguns pontos. No primeiro começamos com o personagem Mikael Blomkvist sendo processado por uma matéria na revista Millennium e não demora muito somos inseridos no mistério que  Mikael será responsável por resolver e em meio a pesquisa ele conhece a Lisbeth Salander, personagem de grande destaque. Em A Menina que Brincava com Fogo Lisbeth é a personagem principal e a trama é totalmente voltada para ela.

Conhecemos um pouco da personagem que nos cativou na primeira obra e sabemos mais do seu passado. Além dessa diferença, achei que demorou a engrenar a trama. O livro começou a me “puxar” quando ocorre um assassinato que me pegou de surpresa (se você quer ser pego de surpresa também, não leia as orelhas ou a sinopse do livro) e assim o mistério finalmente vem à tona.

O final também difere: não temos um “pós mistério solucionado” onde sabemos o que aconteceu com cada personagem após o desenrolar dos acontecimentos. O livro acaba no ponto onde as coisas se resolvem e não vemos a repercussão, algo que me fez falta. Fiquei curiosa para saber se Larsson deixou isso para o terceiro livro da série.

Uma coisa que me incomodou na obra foi o grande uso de palavras em inglês. Tinha uma que gostaria de usar como exemplo, mas como sempre leio no ônibus e quando vejo algo que “vou usar isso na resenha depois” eu não tenho nada para marcar aquela página e depois ela se perde para sempre, mas me lembro que Lisbeth usa a expressão “dammit” em uma frase e não sei por que motivo ela está como Dammit! e não Droga! Há frases inteiras em inglês. Às vezes elas fazem sentido na trama, às vezes não e mesmo quando fazem não há uma tradução. Não atrapalhou minha leitura, mas pode atrapalhar a leitura de alguém. Nem todo mundo é familiar com esses termos. Não sei se isso foi uma exigência para a tradução, mas se não for o caso não consigo imaginar um motivo para tal.

O segundo livro da série Millennium é diferente, mas não cai em qualidade. Os mistérios não são clichês e a forma como as coisas se desenvolveram me deixou surpresa. Assim que possível irei partir para o terceiro.

Compartilhe Este Post
Follow:
Goutyne, curiosidade e conhecimento! explore o mundo sem sair do sofá. Vamos explorar!