[Resenha] A garota do calendário: Agosto

Redação

A trama gira em torno da Mia. Ao longo da sua vida ela teve quatro experiências amorosas; todas foram horríveis, mas nenhuma supera a última. Seu ex-namorado a enganou direitinho, fingindo amá-la apenas para oferecer dinheiro ao seu pai (que é um apostador de mão cheia que vive perdendo dinheiro por aí). A façanha do pai de Mia foi emprestar dinheiro do seu namorado agiota, e agora eles devem ao traste um milhão de dólares. Depois de ver o pai levar uma surra e acabar na UTI, Mia está determinada a juntar o dinheiro necessário para pagar o ex e salvar a vida do pai.

Para isso a jovem aceita, forçada por uma agente que por sinal é sua tia, se tornar acompanhante de luxo por um ano. A cada mês ela fará companhia a um homem diferente e ganhará com o encontro cem mil dólares. Entretanto, caso aceite se envolver sexualmente com eles, Mia embolsará um bônus altíssimo. Decidida a salvar o pai e a ter experiências novas, Mia aceita o trabalho e o encara como uma chance de reaprender a viver. Em janeiro, sua primeira missão é ser acompanhante do charmoso, sexy, rico e divertido, Wes (um dos roteiristas mais famosos da atualidade).

O que mais gostei no livro foi da personalidade despreocupada de Mia. Ela encara ser acompanhante de luxo como uma oportunidade de salvar o pai e de se descobrir como mulher, portanto não fica lamentando, muito pelo contrário, tenta tirar o máximo dessa mudança em sua vida. Assim, ao invés de culpa e mágoa, ela se joga nas roupas novas, nas viagens, nos jantares caros e na companhia do homem que está pagando por seus serviços.

E o bom disso é que faz o leitor aceitar melhor toda essa situação de acompanhante de luxo. Fora que é divertido ver a personalidade de Mia, uma garota direta e destemida, entrar em choque com o mundo dos homens ricos que estão ao seu lado. E por falar nisso, gostei bastante do protagonista masculino. Wes trata Mia com atenção, respeito e carinho, e exatamente por isso eles engatam um relacionamento que vai muito além do desejo e da necessidade física.

Claro que o romance é extremamente previsível; desde o começo já sabia que eles iam acabar se apaixonando. Entretanto, gostei do fluxo da história e de como Mia não muda sua vida por causa de Wes, apenas aceita o que um pode oferecer ao outro, sem julgamentos e cobranças. E o ponto é que amo isso, amo protagonistas femininas que encaram seus relacionamentos com simplicidade e objetividade. Principalmente quando elas sabem como e quando querem um homem.

Uma coisa importante para falar sobre esse livro é que ele não deve ser lido com um olhar de julgamento. A leitura é superficial e clichê, portanto não podemos esperar mais do que um romance rápido e cheio de cenas sensuais.

Esse é o ponto principal da trama: a sexualidade da protagonista, os homens sexys que ela vai encontrar, e como estar ao lado deles vai mudar a sua vida. Ou seja, se você não gosta de tramas que giram em torno do sexo não deve ler esse livro. Como disse anteriormente, a história não é apenas sexo, mas esse é um pilar importante que faz a leitura ser dinâmica e gostosa.

Confesso que uma parte minha – a racional e crítica – ficou irritada com a maneira previsível usada pela autora para abordar a profissão de Mia: apenas homens lindos e ricos, muito dinheiro, e experiências na cama dignas de filme. Sério que ela ia ter tanta sorte assim? Risos. Porém, a ideia é encarar o livro com a leveza e a sensualidade que ele propõe. Como eu já sabia o que esperar, gostei bastante da trama, da protagonista, e mesmo com todos os clichês (e pontos inacreditáveis do romance) gostei tanto da proposta da autora que não vejo a hora de ler a continuação dessa história.

Para quem gosta de tramas apimentadas, protagonistas que conhecem seu corpo e sabem o que querem, e mocinhos sensuais e para lá de cativantes, eis uma leitura mais que recomendada.  

A Garota do Calendário é uma série composta por doze livros, cada um com o foco em um mês do ano. Pode parecer muito, mas o bom é que as obras contam com casais diferentes (mesma protagonista, homens novos) e que os livros são curtinhos e rápidos de ler.

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