[Resenha] A Escola do Bem e do Mal – Volume 6

Redação

Gavaldon sofre um atentado a cada quatro anos. Dois adolescentes somem há mais de dois séculos e, por mais que os pais tentem proteger seus filhos, eles não conseguem. Esses dois adolescentes que são levados, pouco tempo depois aparecem dentro de conto de fadas. Os moradores do povoado descobriram que eles são levados para as Escolas do Bem e do Mal, onde aprenderão o que for preciso para serem heróis e vilões.

Nesse povoado vivem duas garotas completamente opostas: a linda e doce Sophie, que tem certeza absoluta que será levada para a Escola do Bem, e a estranha e incrédula Agatha, que é melhor amiga de Sophie, mas vive em um cemitério com roupas desengonçadas e que, se fosse levada pelo Diretor seria, com certeza, para a Escola do Mal.

No dia em que o Diretor está para chegar, os pais estão tentando proteger seus filhos, mas Sophie não quer isso, ela faz o possível para que seja vista e levada, mas Agatha, ao tentar protegê-la, é levada junto da amiga. Até aí está tudo bem, exceto pelo fato de que o Diretor deixa Agatha na Escola do Bem e Sophie na Escola do Mal. As amigas não poderiam estar mais confusas e deslocadas. Seria um erro do Diretor?

“’Novamente’, disse Pólux, com seriedade, ‘os que são Maus não podem ser Bons e os que são Bons não podem ser Maus, não importa quanto sejam persuadidos ou punidos. Embora, às vezes, vocês possam sentir as vibrações de ambos, isso só significa que sua árvore genealógica tem ramificações em que o Bem e o Mal se misturam. Aqui na Escola do Bem e do Mal nós vamos livrá-los dessas vibrações, libertá-los da confusão, e tentar fazer com que se tornem o mais puros possível…’”

Quando comecei a ler esse livro, me envolvi com os personagens e achei que havia compreendido toda a história ao conhecer um pouco os personagens, mas estava redondamente enganada, pois esse autor consegue surpreender página após página.

Sophie foi uma personagem que não me convenceu. Achei ela forçada demais. Sabe aquele tipo de pessoa que quer sempre mostrar para os outros o que é, mas que não parece ser de verdade? Sophie foi assim para mim, desde o começo do livro. Já Agatha é aquela típica personagem que se esconde por trás das coisas que o lugar onde mora ou o que veste define, então, foi bem difícil aceitar que ela era má e estava na escola errada. Acreditei, ao longo do livro, que elas estavam nas escolas certas.

O desenrolar da história, como disse, é surpreendente. Temos muitos desdobramentos que desconstroem acontecimentos anteriores e criam ideias para a história e um possível novo desfecho. Essas desconstruções aconteceram com certa frequência e, apesar de isso dar velocidade para a trama, ele também fez com que a história ficasse bastante confusa. Tiveram várias páginas que precisei reler porque não conseguia compreender o que o autor estava transmitindo ali. Também tive problema com as descrições do autor, em alguns momentos elas eram importantes para situar o leitor na história, mas, em outros, elas eram desnecessárias e, como são bastante poéticas, isso cansa um pouco o leitor e tira a agilidade da leitura.

“Ela sempre achou vilões mais empolgantes do que heróis. Eles tinham ambição, paixão. Faziam as histórias acontecer. Vilões não temiam a morte. Não, eles embrulhavam-se na morte como se ela fosse sua armadura! Enquanto inalava o cheiro de cemitério da escola, Agatha sentiu seu sangue correr nas veias. Assim como era para todos os vilões, a morte não a assustava. Fazia com que se sentisse viva.”

O final foi outra coisa que me surpreendeu bastante. Eu tinha noção que alguma coisa similar aconteceria, mas não tinha compreendido como aconteceria e me surpreendi nesse quesito, mas, como esperado, o final foi bastante aberto e me deixou ávida para ler o segundo volume e saber o que vai acontecer com esses personagens que tanto me encantaram. Apesar de ter sido um livro com alguns problemas, foi um livro bem escrito e que serviu muito bem como introdução para a história. Estou bem curiosa para ler os próximos livros e com as expectativas nas alturas.

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