Diabetes insipidus: homem precisa beber 20 litros de água por dia

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By Goutyne
Diabetes insipidus homem precisa beber 20 litros de agua por dia

O arquiteto alemão Marc Wubbenhorst, de 41 anos, precisa beber pelo menos 20 litros de água todos os dias ou pode morrer de desidratação por ser um portador da rara diabetes insipidus, que causa desidratação extrema e pode levar à morte.

Por isso ele começa o dia com uma grande garrafa de água que precisa beber em poucos minutos para manter equilibrada a hidratação de seu corpo. Mas isso não dura muito, pois logo ele precisa ir ao banheiro – o que o faz até 50 vezes em 24 horas – porque seu corpo não consegue reter líquido.

A doença destruiu vários aspectos da qualidade de vida de Marc. Ele não consegue dormir mais do que duas horas por noite porque precisa acordar para se reidratar e urinar. A condição impede que ele pratique atividades físicas, como musculação ou esportes, ou faça viagens longas, seja de carro ou de avião. Ele só pode ficar sem beber água por uma hora, tendo problemas de concentração, febre e perda de orientação se passar desse tempo.

Em contrapartida, o alto consumo de líquido também é perigoso para o alemão, visto que o excesso de água pode encher o cérebro, provando ser fatal em alguns casos, e causar hiponatremia – o desequilíbrio na concentração de eletrólitos no sangue, principalmente o sódio, levando à intoxicação por água.

Um problema mundial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atesta que cerca de 422 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras de diabetes, a maioria delas vivendo em países de baixa e média renda, sendo o Paquistão líder em casos. Devido a isso, 1,5 milhão de mortes anuais são atribuídas à doença a cada ano, à medida que o número de casos e a prevalência tem aumentado nas últimas décadas.

Isso é reflexo direto da industrialização e massificação dos alimentos, devido ao aumento do uso de bebidas carbonatadas, alimentos ricos em açúcar, como produtos assados feitos de farinha branca; alimentos prontos para consumo, processados e frituras. Tudo contribui para um padrão alimentar de uma dieta pobre e não saudável, principalmente entre os norte-americanos, podendo induzir à inflamação crônica, um fator responsável por causar a diabetes.

O número de pessoas com a doença aumentou vertiginosamente de 108 milhões na década de 1980 para 422 milhões em 2014, causando cegueira, insuficiência renal, ataques cardíacos, derrame e amputação dos membros inferiores.

Desde o século V a.C., quando o famoso cirurgião indiano Sushruta identificou e relatou em sua obra Samhrita a diabetes, usando o termo madhumeha (“urina semelhante a mel”), apontando não apenas o sabor doce da urina, mas também sua sensação pegajosa ao toque e capacidade de atrair formigas –, que a diabetes foi estudada pela medicina e categorizada em diabetes Tipo 1, quando o corpo é incapaz de produzir o hormônio insulina; e a Tipo 2, a mais comum de todas, em que o corpo não pode usar a insulina de forma eficaz.

Uma sede sem fim

O diabetes insipidus é causado por problemas com um hormônio chamado vasopressina, responsável por ajudar os rins a equilibrar a quantidade de líquido no corpo. Problemas na região do hipotálamo, como cirurgias cerebrais, histórico familiar, medicamentos danosos para os rins e distúrbios metabólicos, como níveis elevados de cálcio no sangue, também são fatores que podem causar a rara condição.

Até o momento, a medicina identificou quatro tipos de diabetes insipidus: central, em que o corpo não produz vasopressina suficiente; a nefrogênica, em que o organismo produz vasopressina o suficiente, mas os rins não respondem como deveriam; dipsogênica, um problema no hipotálamo que faz com que a pessoa sinta sede e beba líquido demais; e a gestacional, considerada temporária e que se desenvolve durante a gravidez.

Além de muita hidratação, cada tratamento para a diabetes insipidus é específico para sua causa.

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