Descubra a nova engrenagem do agronegócio brasileiro

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By Goutyne
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O agronegócio é um dos grandes motores da economia do país. No ano passado, uma safra recorde levou o setor agrícola a crescer 13%, no melhor desempenho do PIB desde o início da série histórica do IBGE, em 1996.

Não à toa, quem trabalha na área sabe que faz girar uma engrenagem que suporta o país e alimenta milhões de pessoas todos os dias. E se antes o setor era dominado apenas por homens, hoje as mulheres estão conquistando seu espaço à frente do trabalho no campo — e elas estão cada vez mais orgulhosas por isso.

Segundo dados de um estudo realizado em 17 países com 4 157 produtoras rurais a pedido da Corteva Agriscience, Divisão Agrícola da DowDuPont, 90% das mulheres que trabalham no campo se sentem orgulhosas de suas funções.

O agronegócio

Quando se trata daquelas que dizem se sentir muito orgulhosas, porém, o Brasil passa à frente da média dos outros países em 10 pontos. “Ainda que as mulheres reconheçam que a discriminação de gênero é uma realidade no agronegócio, elas veem que estão rompendo uma barreira enorme e acumulando casos de sucesso, mesmo num ambiente ainda hostil”, explica a diretora de marketing da Corteva para América Latina, Ana Cerasoli.

De fato, é assim que se sente Janaina Flor, fundadora e coordenadora do Núcleo Feminino da Pecuária Goiana (NFPGO), que tem 200 integrantes. Ela conta com orgulho que vem de uma família de produtores rurais e que cresceu na fazenda, passando o dia nos currais. Foi de seu tio que herdou a paixão pelo campo.

Segundo ela, isso é comum entre muitas mulheres que trabalham na área. “A fazenda não é para mulher um negócio. Na maior parte das vezes, ela se torna uma profissional do setor por uma história familiar. É, geralmente, uma passagem: vem do pai, da mãe, do marido”, diz.

“E o que eu vejo de mais bonito nisso é que existem muitas mulheres que se viram na situação de sucessoras, não tinham nada a ver com aquilo e se sentiram imbuídas desse legado familiar, de honrar um pai, uma mãe”, afirma.

Não é só isso. O orgulho vem também de trabalhar em uma área que leva desenvolvimento às cidades e alimento para toda a população. Mas “a produção de alimento é necessária. A cidade cresce, as pessoas demandam, tudo provém do campo.

As dificuladades

É um trabalho que alimenta pessoas e colabora para a saúde delas”, explica Janaina. E, para isso, elas se desdobram: são mulheres, mães, esposas, produtoras. No entanto “Temos essa característica multidisciplinar. A mulher precisa ter toda uma organização na sua vida, na sua família, para ter uma segunda função.”

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Está longe, no entanto, de ser fácil. Janaina conta que frequentemente fazendas lideradas por mulheres são vistas por homens como “fazendas boas para se comprar”. “A mulher enfrenta barreiras e dificuldades porque eles tendem a achar que ela não vai dar conta.

Muitas pessoas não gostam de negociar com a mulher. Ela é cercada de desafios diários, mas isso não a impede de forma alguma de buscar tecnologia. Inovação e lucratividade”, diz.

Não à toa, elas veem em núcleos de mulheres o suporte de que precisam para enfrentar as dificuldades do dia a dia. É o caso, por exemplo, do NFPGO. Iniciativas como essa estão surgindo por todo o país. “As mulheres estão descobrindo o poder de se reunir em associações de produtoras.

As mulheres no agronegócio

Temos ouvido várias produtoras rurais compartilhando o valor da troca de experiências e aprendizado entre elas e como. Mas se sentem mais empoderadas e motivadas por terem criado grupos de mulheres na sua cidade”, diz Ana, da Corteva.

A Corteva, por sua vez, tem incentivado esse movimento com projetos como a Academia de Liderança das Mulheres do. Agronegócio, que tem como objetivo capacitar brasileiras que se dedicam às atividades no campo.

“Essa associação e suporte alimentam o orgulho das mulheres. Elas se sentem mais empoderadas e seguras sempre que têm respaldo e vão assumindo mais riscos. Se colocando com responsabilidades maiores no agronegócio”, finaliza.

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