[Resenha] Três coroas negras (Livro 1)

Redação

A cada geração na ilha de Fennbirn nascem rainhas trigêmeas: três herdeiras da coroa, cada uma com um poder mágico especial. Mirabella é uma elemental, capaz de produzir chamas e tempestades com um estalar de dedos. Katharine é uma envenenadora, com o poder de manipular os venenos mais mortais. E Arsinoe é uma naturalista, que tem a capacidade de fazer florescer a rosa mais vermelha e também controlar o mais feroz dos leões.

Mas para coroar-se rainha, não basta ter nascido na família real. Cada irmã deve lutar por esse posto, no que não é apenas um jogo de ganhar ou perder: é uma batalha de vida ou morte. Na noite em que completam dezesseis anos, a batalha começa.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Três Coroas Negras, lançado pela editora GloboAlt. O livro é de autoria de  Kendare Blake e tem tradução de Alexandre D’Elia.

No reino de Fennbirn, a rainha vigente perde seu poder assim que gera três possíveis sucessoras. As trigêmeas bebês são desde o primeiro dia de vida vista como competidoras, isso porque ao chegar aos dezesseis anos as três terão que participar do Festival Beltane, uma espécie de maratona de provas e desafios onde apenas uma delas poderá sair viva, para então reinar Fennbirn.

Dado o plano de fundo, conhecemos então as três rainhas. O interessante é que todas elas foram separadas aos seis anos, enviadas para seus então tutores com o objetivo de treinar suas habilidades para que possam ter uma acensão como rainha. Por isso Mirabella, Katharine e Arsinoe são desconhecidas umas pras outras, na verdade, pior que isso, as irmãs são rivais e treinam para conseguir matá-las em busca da própria sobrevivência. 

Mirabella é considerada a mais forte, capaz de controlar fogo, água e outros elementos,  é tida como muitos como a preferida para o reinado. Já Katharine sofre uma enorme pressão ser uma envenenadora, isso porque as três rainhas que a sucederam tinham a mesma habilidade e conseguiram triunfar, no entanto Katharine parece insegura, visto que não domina completamente sua habilidade. Já Arsinoe é uma naturalista, que em teoria consegue manipular os recursos da natureza (como plantações, animais e etc), entretanto, sofre por não controlar seus poderes e é extremamente subestimada por todos. 

Um fator bem legal do livro é mostrar como essas três irmãs são criadas com esse único propósito: sobreviver a custa da morte de suas duas irmãs. Quando li a sinopse acho que foi esse o fator que mais me atraiu, imaginei uma trama meio sombria com uma disputa tensa. Três Coroas Negras até entrega esses fatores, mas demora um pouco pra que isso aconteça. 

Isso porque o livro demora pra pegar, mesmo ele se iniciando com as princesas prestes a irem para o festival Beltane, muito da narrativa é perdida dando destaque para personagens secundários e tramas paralelas a competição pela coroa! Tanto é que o festival em si só vai ocorrer com cerca de 70% da leitura já feita (li em ebook e essa é minha estimativa, mas creio que isso corresponda a página 200 do livro). Isso me incomodou porque chega em uma parte e você se cansa daquele enredo “secundário” e quer partir para ação. 

Bom, em contrapartida quando chegamos no esperado festival as coisas acontecem de forma fluída (mesmo que eu tenha considerado ele um tanto que curto demais). A cerimônia de Aceleração evoca alguns dos elementos que eu mais gosto no gênero fantasia: a inserção de uma politicagem mais evidente e algumas surpresas (ou plot twists) que dão uma sacudida na história e na nossa opinião acerca de alguns personagens. 

Acho que usar “algumas surpresas” pra definir as páginas finais é sacanagem, porque a autora dá VÁRIAS reviradas quando chegamos a reta final do livro, eles foram bem válidos, mas fico triste em ver que ela se esforçou tanto para entregar um bom final e não aplicou a mesma paixão durante o desenvolvimento do livro (que soa cansativo).

No geral, o livro é tem um enredo bem introdutório, no princípio pode soar maçante, entretanto o ritmo vai se acelerando e o final deixa questões bem promissoras para um segundo volume! Se eu vou ler? Em um futuro próximo, sim! Isso porque fiquei bem curioso! 

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