Uma equipe de cientistas da Universidade Estatal da Florida, publicou seu primeiro estudo sobre os efeitos do programa Apollo em astronautas e a conclusão mais clara é: viajar para o espaço afeta negativamente o coração.
Os astronautas do programa espacial Apollo, mostram maior taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares que aqueles que não saíram para fora de nosso planeta.
Ao viajar ao espaço os astronautas ficam sem a proteção do campo magnético terrestre, ou seja, acabam ficando expostos a radiação espacial.
“Sabemos muito pouco sobre os efeitos da radiação do espaço na saúde humana, em particular no sistema cardiovascular, porém este trabalho oferece uma primeira aproximação de seus efeitos adversos”, destaca Michael Delp, líder da pesquisa.
Os pesquisadores compararam a causa da morte de 7 astronautas que viajaram ao espaço com 35 que nunca chegaram a voar, assim como outro grupo de astronautas que voou dentro da órbita terrestre baixa, isso é, abaixo de 2.000 km da Terra.
O resultado comparativo ainda precisa ser melhor estudo para se obter conclusões definitivas, mas o que se verificou é que a natação, mesmo diária e contínua, foi considerada um exercício de baixa intensidade (sem picos), o que não é desejável para os astronautas. Lógico, a tripulação não cogita nadar no espaço, mas poderia realizar alguma atividade de baixa intensidade, o que se sabe, agora, ser indesejável.
O programa espacial Apollo esteve ativo de 1961 até 1972 e contou com 11 voos tripulados. Uma de suas missões mais importantes foi a primeira ida do homem a lua e também a dramática expedição da Apollo 13.