[Resenha] Uma Tocha na Escuridão

Goutyne
By Goutyne

Uma Tocha na Escuridão é o segundo livro da série Uma Chama Entre as Cinzas que eu descobri recentemente e já estou muito apaixonada. Não irei dar spoilers do primeiro livro nessa resenha, mas caso você ainda não conheço recomendo dar uma lida na resenha do primeiro volume.

Esse livro já me deixou bastante satisfeita pois tem muitas interações de Laia e Elias, que no primeiro livro estavam no mesmo lugar mas vivendo realidades diferentes. Eu sempre torci para ver mais momentos deles juntos durante o primeiro livro, então acompanhando a jornada de fuga aqui foi muito interessante ver como eles conversam, se relacionam e se entendem. Já que eles passam muito mais tempo juntos o romance acaba se desenvolvendo mais, porém a trama continua sendo sobre os Eruditos x os Marciais, então nada que tenha atrapalhado o que realmente importa da história.

Se acontecer de você ficar preso atrás daquelas paredes, seu destino será realmente sombrio.
— Meu destino já é sombrio de qualquer forma. 

Eles estão juntos para, finalmente, salvar Darin da prisão e por algum motivo eu achei que isso seria um pouco mais rápido. Só que eles passam o livro inteiro, que tem 434 páginas, nessa viagem para salva-lo. Em alguns momentos há plot-twist que acabam deixando a narrativa mais dinâmica, mas para ler cerca de 350 páginas de travessia para um objetivo acaba cansando em alguns momentos. Esses plots ficam a cargo de Elias, em sua grande maioria, já que logo no inicio desse livro algo acontece a ele por culpa de sua mãe, a Comandante, e ele precisa tentar resolver isso para dar continuidade em sua jornada. Alguns pontos eu não entendi o motivo da autora não abordar, como uma certa habilidade de Helene que é mostrada logo no primeiro livro. Sabe quando fica aquela história de rato e gato que ninguém se comunica de verdade? É mais ou menos assim que acontece. Tudo bem que eles se tornam inimigos e por isso acabam tendo interações de quase morte, mas ainda assim no tempo em que eles ficariam lamentando essa mudança de relacionamento algumas coisas mais importantes poderiam ser resolvidas.

Por falar em Helene neste volume ela ganha voz e muitos capítulos são narrados em sob sua perspectiva. É bom para o leitor saber o que está acontecendo em Blackcliff, com o novo Imperador. Eu gostei muito desses capítulos, pois Helene é uma personagem prática, basicamente a voz da razão em todo o livro e ela nos mostra um outro lado do que uma pessoa é capaz de fazer para proteger aqueles que ama. Eu sofri com ela no inicio e fiquei bastante desconfiada do que ela poderia fazer para atrapalhar os “mocinhos”, mas agora ela se tornou uma das minhas personagens mais queridas da história e torço para quem no terceiro livro ela tenha muito mais destaque (inclusive ela está em uma posição de destaque na capa, acho que isso realmente irá acontecer).

Sobre a Laia… ai ai, Laia. Eu gosto dela, entende? Mas eu me incomodo com a ideia das autoras sempre querer deixar um romance na história sem precisar, e pior ainda quando quer meter um triangulo amoroso na coisa toda. Já tinha indícios disso no primeiro livro, mas eu podia jurar que não iria se concretizar e infelizmente Laia se relacionou com uma pessoa que, desde o inicio, estava claro que não era uma boa pessoa. A ideia de uma traição para dar forças a protagonista é muito boa, mas seria muito melhor se tivesse sido por parte de duas outras personagens com quem ela teve uma relação de amizade. Particularmente acho que iria doer bem mais. De todo o mais gosto de ela ainda manter o foco em salvar seu irmão e acabar amadurecendo por isso. A Laia chorona e que se lamentava muito no primeiro livro se tornou uma Laia que se impõe, sabe seu lugar e luta por ele.

Como eu disse na primeira resenha tinha lido algumas coisas sobre a mitologia árabe que teria mais presença no segundo livro e, de fato, teve sim. Entretanto parece que ela não foi abordada de um jeito que o leitor compreenda melhor como é essa mitologia e o papel de cada criatura citada ali. Quando lemos algo que tenha mitologia grega é muito mais fácil para compreendermos as referencias e aqui a coisa fica um pouco mais difícil e acho que só com a ajuda do Google é que algumas coisas vão ficar realmente claras em relação a essas criaturas. Eu gostei da presença delas, principalmente da Apanhadora de Almas que é uma das únicas bem abordadas. Vamos ver como vai ficar em relação aos próximos dois livros.

O fracasso não define uma pessoa. É o que ela faz depois de fracassar que determina se é uma líder ou um desperdício de ar.

Em modo geral Uma Tocha na Escuridão não me decepcionou, só teve o ritmo um pouco mais lento em relação ao primeiro e as minhas expectativas, entretanto é uma sequencia que nos instiga mais curiosidade para os próximos volumes.

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