[Resenha] Sociedade da Rosa

Redação
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Tem um grande problema com trilogias: o segundo livro nem sempre agrada os leitores. Apesar de ter gostado de Sociedade da Rosa achei que ele foi um pouco lento com alguns acontecimentos e vou tentar explicar meu ponto de vista nesse texto sem dar spoilers. rs

Com certeza o grande destaque da obra continua com Adelina, aquela protagonista totalmente diferente das outras. Nesse ponto da história já é mais do que óbvio que ela é uma vilã e não uma mocinha e que incrível é por parte da Marie Lu escrever uma historia onde nós torcemos pela vilã (ou não, né kk). O fato é que ela realmente esta se tornando aquela personagem que eu amo odiar.

Cada momento eu ficava reclamando comigo mesma do quanto ela esta fazendo as coisas da forma errada, mesmo que para ela possa parecer certo. Adelina tem aquele sentimento de ódio e vingança no coração e para mim é muito difícil que ela tenha qualquer sentimento parecido com o amor por alguém, seja pela sua irmã ou por aquele que teoricamente é seu par romântico. Então dificilmente eu me enganei com a forma como ela falava da irmã ou a tratava, assim como era com o garoto (eu não vou citar nomes, assim como não citei na primeira resenha pois apesar da dica ter sido dada no fim do primeiro livro acabaria sendo um spoiler).

A grande surpresa desse livro, para mim, foi Magiano. Achei incrível esse personagem que apesar de ser aquele que tem tudo para dar errado acaba sendo o equilíbrio perfeito. Ele é tudo que Adelina não é: bom, calmo, tem controle sobre seus poderes e sobre si mesmo e tem amor mesmo que seu maior desejo (e defeito) deseja ouro. Sim, ele é ganancioso e suas atitudes na maioria das vezes são movidas pelo seu desejo de ser o mais rico, mas nada se compara ao desejo de poder que Adelina tem. Gosto dos dois juntos mas não acredito que ele realmente sera feliz com tudo o que pode ter ao lado de Adelina. Então no terceiro volume eu espero ver ele evoluir e perceber que esta lutando do lado errado.

Alias, o que menos parece nessa história é que tem um lado certo. Mesmo os Punhais tem métodos para conquistar seus objetivos que não são tão aceitáveis. Raffaele mesmo é um grande exemplo disso, já que sempre mostrou toda a sua graça desde o inicio e também que não é uma pessoa tão boa assim. Claro que esse é o grande diferencial nesta obra: não existe mocinhos e sim personagens humanizados com defeitos e qualidades.

— O desespero desperta a escuridão em todos — disse o homem, dando de ombros

Bom, sobre o que eu falei no inicio achei o desenvolvimento da história em si um pouco lento porque parece que tudo foi enrolado enrola e enrolado mais um pouco até, finalmente, aquele momento em que eu estava esperando no final do primeiro livro acontecesse. Assim como no primeiro volume, além das narrações de Adelina, tem de outros personagens e tirando a de Raffaele achei tão desnecessário que para mim não faria diferença na história. A de Raffaele foi um pouco mais importante por se tratar do ponto central deste volume, portanto foi importante acompanhar o seu plano e acontecimentos mesmo que tenha sido um pouco chato. Mas esses detalhes não tiram o mérito da história, visto que é mais um ponto de vista pessoal que pode agradar algumas pessoas.

E claro que o final tem que ser aqueles de tirar o folego, afinal o que foi aquele último capitulo? Por mais que saiba como Adelina é eu fiquei surpresa com aquela atitude e agora o outro lado do seu yin-yang foi embora então acredito que no último livro ela estará realmente mostrando quem é cem por cento. Será que os leitores estão preparados? Ou melhor, será que a Marie Lu teve coragem de deixar uma protagonista realmente terminar a história como vilã? O que resta é aguardar!

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