[Resenha] Perfeitos – Feios – vol. 2

Redação

Apesar de muita gente criticar o primeiro livro eu gostei. Gostei, mas não morri de amores o chamando de meu livro preferido. Fiquei imersa na história, ainda mais porque o final é do tipo que dá gancho para o próximo volume nos deixando em suspense com um acontecimento caótico. A protagonista, Tally Youngblood, me irrita um pouco, mas nada que eu não possa relevar. Já da sequência, Perfeitos, eu gostei muito.

Muito mais corrido, ágil e interessante, Perfeitos continua com a crítica social distópica do livro anterior de forma ainda mais evidente. O culto à aparência e à futilidade chega a outro patamar, assim como as questões antropológicas do enredo que ganham contornos mais fortes da metade da obra em diante. E mais uma vez o autor no deixa com um final surpreendente e com muitas pontas soltas sobre o que pode acontecer, nos amarrando para a sequência, que chama Especiais.

Se você não leu Feios, os próximos dois parágrafos podem conter spoiler. Pule!

Tally virou uma Perfeita, como sempre quis: Linda, maravilhosa, estonteante, muito fútil e lembrando de muito pouco da sua época de Feia. Agora ela pode ficar em Nova Perfeição e se divertir nas festas que não tem fim com os seus lindos amigos tão maravilhosos e tão borbulhantes quanto ela. Mas parece que tem algo faltando, sua mente diz que alguma coisa está fora do lugar. Ao conhecer o Perfeito Zane, um dos caras mais populares da cidade, Tally pensa que tudo vai entrar nos eixos, mas não é bem assim, ainda mais porque Zane tem o mesmo tipo de inquietação que ela.

Ao receber uma mensagem de um amigo do passado, integrante da antiga comunidade de resistência às operações chamada Fumaça, Tally recorda tudo o que viveu antes das cirurgias plásticas e do motivo que se entregou às autoridades para que se tornasse Perfeita: Ela vai testar uma cura para os danos cerebrais dos Perfeitos. Agora ao lado de Zane precisa enganar a força tarefa dos Especiais, lutar para fugir da cidade e encontrar os Novos Enfumaçados, assim como David, seu primeiro amor.

Personagens do livro anterior se fundem à história de novos personagens, o que deixa tudo ainda mais dinâmico. Tally continua chatinha, assim como Shay, sua melhor amiga insuportável de quem eu nunca gostei. David aparece pouco, mas Zane rouba nossos corações com seu jeito discreto e de bad boy sofredor. Andrew Simpson Smith, um “selvagem” também merece destaque mesmo que sua participação seja curta. Tenho suspeitas que ele vai ser importante no próximo livro.

Perfeitos tem o início um pouco cansativo, mostrando Tally em festas sem fim, lutando para ser aceita no grupo dos populares fazendo as maiores imbecilidades possíveis. Mas assim que esse período passa, as páginas do livro voam em nossas mãos. Me disseram que Especiais é ainda melhor, assim como Extras, o último livro que é uma espécie de bônus e spin-off.

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