Muitas resenhas dos romances de época da editora Arqueiro circulam por aí. Para ser sincera, nunca fui fã desse tipo de leitura, mas cada dia me sentia mais curiosa sobre essas histórias. Se você acompanha blogs, provavelmente já percebeu que esses romances são uma verdadeira febre, e como não gosto de julgar sem antes experimentar, decidi ler um deles. Minha escolha foi “O Duque e Eu”, da adorada autora do gênero: Julia Quinn. Optei por este livro porque, entre todas as resenhas que li, foi o que mais me instigou.
Simon percebeu que ambos estavam aprisionados. Presos pelas convenções e expectativas da sociedade.
Gostei bastante da leitura, não apenas por se tratar de um romance entre personagens diferentes, com desejos distintos. É um pouco difícil encontrar histórias em que a família esteja tão presente, e não que eu queira que todos os romances tenham uma presença marcante da família – isso acabaria tornando os livros monótonos –, mas neste caso é feito de uma forma divertida.
Apesar de, em alguns momentos, esse aspecto ser desafiador, considerando que a história se passa no século XVIII, também o torna mais… delicado. Vejo como negativo o modo como as mulheres são tratadas como inferiores pelos personagens, embora não seja de forma tão intensa.
Entendo que seja uma característica da época, porém é difícil aceitar, mesmo que a autora tenha tentado dar aos personagens uma mentalidade um pouco mais aberta do que seria esperado. Honestamente, não vejo motivo para focar a resenha nisso, pois é algo inerente ao tipo de livro que escolhi ler (e é justamente por isso que sempre evitei livros de época).
Daphne e Simon são um dos casais mais encantadores que já tive o prazer de conhecer. Ela é uma garota de uma família numerosa, que sonha em ter sua própria família, mas não é muito cortejada pelos rapazes da sociedade. Já Simon, amigo de Anthony (irmão mais velho de Daphne) e um Duque, sabe que terá uma fila de moças querendo se casar com ele. Juntos, eles tramam um plano para atrair pretendentes para Daphne e afastar as pretendentes de Simon. Esperava um romance leve, mas me surpreendi com a quantidade de vezes em que ri das situações em que se envolveram, ou das conversas cheias de sarcasmo e ironia, algo que adoro.
Apesar do foco no casal e no desenvolvimento do relacionamento deles, a família também tem um grande papel, como mencionei anteriormente. Sendo este o primeiro livro, somos apresentados aos irmãos de Daphne, que serão protagonistas nos próximos volumes. Anthony ganha mais destaque, sendo o mais velho e o homem da casa. Gosto do modo como ele é protetor, mesmo sendo um pouco diferente do que estou acostumada, e é visível o quanto ele ama sua família. Um dos personagens que tem destaque mínimo, mas acredito que aparecerá nos próximos volumes, é Lady Danbury. Uma senhora que promove bailes em sua casa e tem uma língua afiada.
Todas as joias da família Hastings foram escolhidas para outra pessoa. Esta eu escolhi para você.
O livro contém algumas cenas eróticas, e quem me conhece sabe que não sou muito fã desse tipo de literatura, mas isso não me incomodou na leitura. Não foi algo forçado, então acabei não me importando e até gostei desse aspecto. Há também momentos engraçados, mas outros que cortam o coração e me deixaram magoada e triste, até senti um nó na garganta, sabe?
Sobre a série “Os Bridgertons”
Vi muitos comentários sobre a série no Instagram, então decidi assistir alguns episódios. Não é exatamente uma série que me encantou, pois não consegui conectar elementos de época que já vi em outros filmes e séries com essa adaptação. Claro, é bem diferente, já que nunca veríamos um Duque negro, o que já é um ponto positivo na série, mas não me refiro aos personagens, e sim à ambientação e à fotografia.
Não é uma série que vou terminar rapidamente, mas estou curiosa para ver como será o restante da história desse casal na adaptação, principalmente o desfecho.
