[Resenha] Destruidor de Mundos

Goutyne
By Goutyne

Após minha longa jornada lendo “S” eu resolvi que iria ler algo mais… leve, entretenimento puro e resolvi ler o novo livro da Victoria Aveyard, tão aclamada por A Rainha Vermelha (que eu não gosto e já devia ter tomado como um sinal). Destruidor de Mundos também é uma fantasia, com personagens misteriosos e com tentativas de surpreender o leitor a cada fim de capítulo. Para já começar a ser sincera eu não gostei do livro e, claro, a resenha será uma explicação para isso.

Destruidor de Mundos é narrado em terceira pessoa e acompanha vários personagens, além de ter capítulos beeem longos (eu li no Kindle e alguns capítulos chegavam até 30 minutos) e com poucos respiros neles. Eu não tenho problema com capítulos longos, mas o livro precisa justificar nos acontecimentos e diálogos e isso não acontece aqui. Então às vezes parecia que nada estava acontecendo para ter tantas páginas e outras vezes parecia que estava acontecendo quinze coisas ao mesmo tempo. Seria bom se estivéssemos acompanhando o pov do personagem, mas com o narrador onipresente as coisas ficam um pouco confusas e cansativas de acompanhar.

Confiar na esperança é um caminho certeiro para o fracasso.

Corayne, a então protagonista da história, é filha da capitã de um navio pirata com um homem de linhagem poderosa, assassinado pelo seu irmão e ela, por sua vez ficou com essa sina. Eu gosto dela, é uma menina inteligente e não perde tempo com aqueles dramas de quem está prestes a se tornar a “mocinha”, muito pelo contrário. Ela entende rápido o que precisa ser feito e encara com a coragem que poucas teriam. Se a autora tivesse optado por contar a história somente próximo a ela provavelmente o desenvolvimento teria sido mais interessa, já que tantas descobertas teríamos junto com ela, assim como as surpresas e decepções. Mas ao optar todos os outros personagens, inclusive aqueles que se tornam traidores e/ou vilões, a história vai perdendo cada vez mais a graça, já que os planos estão todos jogados na nossa cara. Claro, ela pode vir com surpresas nos próximos livros, mas aqui causou somente uma surpresa e foi somente no inicio do livro.

Somente uma personagem realmente me agradou e, por azar, é a vilã. Achei interessante que em seus primeiros capítulos ela parecia muito mais poderosa, com grandes planos e meios de realizar o que ela deseja, já que a necessidade de provar seu valor é grande, entretanto toda essa força foi se apagando após a grande revelação e aquilo que me fez gostar da personagem acabou se esvaindo junto com a força dela. Não estou acostumada a acompanhar os vilões dessa autora, mas eu torço para que ela seja tão poderosa nos próximos livros quanto a história tenta fazer ela ser aqui.

Como eu disse alguns acontecimentos foram um pouco confusos e mais do que isso algumas descrições não me fizeram conseguir imaginar o local descrito ou as pessoas em si, além de passar a impressão de que estavam ali somente por conveniência da história. Da mesma forma acontece com alguns personagens que aparecem, tá ali com o grupo, mas é esquecido no rolê por várias e várias páginas e só aparece pois é conveniente ele chegar do nada e fazer o que tá ali para fazer. Se quer personagens secundários ótimo, eles são necessários, mas se ele anda o tempo todo com o grupo principal é importante não exclui-lo e traze-lo à tona só quando a história precisa da habilidade dele, de alguma piada, ou ação para fulano não morrer.

Só mesmo os homens para falarem o dia todo e ainda assim se sentirem silenciados.

Bom, acho que é basicamente isso. Esse livro foi a prova de que eu preciso desistir de ler Victoria Aveyard, mesmo que seja um livro interessante pela sinopse. kkkkkkk De qualquer maneira há muitas pessoas elogiando, então se você adora fantasia não deixe de ler.

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