[Resenha] Contos de A fúria e a aurora

Redação

“A fúria e a aurora”, primeiro livro da duologia escrita pela autora Renée Ahdieh, é inspirado na antiga obra “As mil e uma noites” – uma coletânea de contos populares de origem indiana, persa e árabe.

Quem leu a trama criada por Ahdieh com certeza encantou-se com os cenários belíssimos e as personagens fortes, destemidas e marcantes. E é sobre duas delas que venho falar na dica de leitura de hoje.

“Contos de A fúria e a aurora” leva o leitor de volta a Khorasan. Alguns episódios ocorridos no primeiro livro da duologia são vistos aqui pela ótica de Khalid e Despina.

Khalid é o califa de Khorasan e dois dos contos apresentados nos levam a conhecer melhor a sua personalidade e o que a presença de Sherazade representou em sua vida. “A Coroa e a Flecha” e “O Espelho e o Labirinto” são contos que mostram alguns fatos sobre a chegada da jovem que se voluntariou para casar com um rei que assassina suas noivas e sobre o que significou para o califa ser obrigado a afastar-se da sua amada rainha após a tragédia que se abateu sobre sua cidade.

Despina – uma das personagens que mais gostei em “A fúria e a aurora” – é a figura central de “A mariposa e a chama”. A criada tem uma história de vida sofrida e trabalhar no palácio a ajudou a superar parte desse sofrimento. Um dos pontos marcantes no livro um é o seu envolvimento com Jalal, o capitão da guarda real. Aqui entendemos melhor como se conheceram e de que maneira a interação entre eles tornou-se algo mais. O legal desse último conto é apreciar não só a Despina, mas um pouco da personalidade de outras personagens, como a Ava, primeira esposa de Khalid, e o próprio Jalal.

Não sei se a maioria compartilha da minha opinião, mas adoro quando um (a) autor (a) extrai algo da história original e nos permite conhecer melhor outras personagens da trama. Às vezes alguém se destaca e fica no ar a curiosidade em saber mais sobre aquela figura, coisas que não foram possíveis colocar no enredo anterior. Além disso, é possível amarrar algumas pontas soltas e responder perguntas que ficaram durante a leitura.

Me encantei demais com a escrita da Renné Ahdieh. A maneira como desenvolveu toda a história leva o leitor a sentir-se dentro dela, fazer parte daquele mundo de palácios, intrigas, romance e magia.

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