[Resenha] Caixa de Pássaros

Redação

Então que depois de muito tempo após seu lançamento e da recente insistência da Sammy do blog Da Imaginação à Escrita eu peguei Caixa de Pássaros para ler; Este um livro que pode gerar em diferentes pessoas percepções diferentes. Mesmo depois de alguns dias eu ainda não sei, exatamente, o que pensar deste livro. Quer dizer: Ele é excelente, disso você não precisa ter duvidas; entretanto eu não consigo formular pensamentos concretos sobre o que, de fato, aconteceu nesta obra.

E sim: Estou admitindo que o autor deixou o livro com um final em aberto. SIM! Você leitor terá que tirar suas próprias conclusões ao final desta obra e tudo vai depender da sua cabecinha pensante.

“Ah, Silviane, mas isso é tão ruim. Não gosto de livro assim!” Bom, queridx leitorx, eu também não gosto mas sabe aquela velha história de que toda regra tem sua exceção? Pois bem, isso é bem valido quando o autor sabe muito bem como conduzir sua obra. Caixa de Pássaros é o livro de estreia de Josh e mesmo assim ele conseguiu fazer desta uma obra prima. Eu estou ousando a este ponto e não tenho vergonha de admitir. Este é um livro que vai deixar o leitor curioso e apreensivo durante toda a sua narração, com alguns momentos clichês de filme de suspense mas que faz diferença enorme quando tudo está acontecendo na imaginação do leitor. Para mim o pior de tudo foi imaginar as coisas que ele escreveu ali e sentir medo de verdade. Só que este pode ser mais um ponto da história. 

A grande coisa do livro é que tem alguma coisa causando um surto violento nas pessoas que as fazem se matar. É tudo muito rápido e ninguém sabe explicar o que realmente esta acontecendo no mundo. Se é uma doença, se é um monstro, se é surto coletivo, enfim… as possibilidades são infinitas. O autor deixa algumas dicas (se é que posso nomear assim) durante a obra, mas como falei anteriormente o final fica em aberto e cada leitor precisa tirar as suas conclusões.

Então qual foi a minha? Ai que entra o pior: Eu não consegui concluir nada (até o presente momento em que estou escrevendo esta resenha). Me pego em alguns momentos durante o dia pensando neste livro e em possibilidades mas sempre acabo descartando todas. Quer dizer, dizer que não conclui nada é um erro. Acho que, de certa forma, o objetivo desta obra foi alcançado: está fazendo uma leitora pensar. O que convenhamos, com tantos livros simples e fáceis de ler (e eu adoro eles) é uma coisa difícil hoje em dia os leitores gostarem de um livro assim e ainda ficarem dias refletindo sobre eles. Então mesmo com aquele sentimento de queria um final fechadinho, tudo explicado eu ainda estou feliz com o resultado que este livro causou em mim. 

Você está salvando a vida deles para que tenham uma vida que não vale a pena.

Bom, e Malorie e seus filhos? Pois é, uma história precisa de personagens e foi isso que eles foram para esta obra, mesmo eu não achando que eles sejam os principais. Já falei sobre o principal acima e podem dizer o que for eu acho que vou sempre manter minha opinião quanto a isso. Eu gostei sim dela e seu desenvolvimento, mesmo acreditando que ela tenha regredido ao invés de progredir. No inicio ela era cética em relação ao que estava acontecendo, achando tudo tão sensacionalista que eu me identifiquei muito com ela, porém ao longo dos flashbacks descobrimos o porque de ela chegar ao ponto que chegou. A forma como ela criou as crianças pode chocar algumas pessoas, mas medidas extremas são necessárias dependendo das situações e bem, esta era uma situação extrema.

Está foi uma resenha diferente, acho que posso até chama-la de estranha perto das outras resenhas que já fiz por aqui. Mas vale ressaltar que este é um livro diferente, principalmente para uma leitora como eu que raramente se aventura na leitura de livros de suspense e tudo mais. Quero ressaltar que o livro vale a pena ser lido (ele deve ser lido) mesmo com algo que pode ser considerado um ponto negativo por muitos deve ser desconsiderado já que acaba sendo um detalhe à mais para a obra.

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