[Resenha] Beleza Perdida

Redação

Este é um livro que pode trazer os mais diversos tipos de reações e sentimentos aos leitores. Acho que uma das poucas vezes que li a sinopse de um livro e tive a necessidade de ler a obra. Ele trás uma bela discussão sobre beleza, amor e tempos difíceis (11 de Setembro e a guerra que se seguiu).

Fern é uma menina que toda a sua vida foi apaixonada por Ambrose. Clichê quando você fica sabendo que ele é o tipico bonitão da escola, que pratica esporte e é adorado por todos (não apenas na escola, mas na cidade inteira). Confesso que nesse aspecto quando iniciei a leitura já dei uma bufada pensando que iria me decepcionar, mas ainda bem que isso não aconteceu.

Em determinado ponto da adolescência deles (o livro tem passagens da infância, adolescência e a vida adulta dos personagens) Fern manda para Ambrose cartas de amor em nome de sua amiga Rita, que queria conquistar o moço mas não gostaria de ser muito óbvia. Claro que a farsa não durou muito tempo e quando Ambrose descobriu o que estava acontecendo ficou com raiva das duas meninas, o que ele não esperava é que Fern iria se declarar para ele de verdade naquele pequeno confronto e nesse instante que as coisas passam a mudar completamente. 

Ambrose é o “mocinho” que surpreende por não querer ser apenas isso, sabe? Ele tem tudo aos seus pés, com sua beleza e seu talento para o esporte mas o que ele sempre quis foi muito mais do que isso. No fundo ele gostaria que as pessoas o vissem somente como ele é e então acaba por decidindo fazer algo que ele acredita que ira deixar todos orgulhosos e que ira mostrar um lado dele que as pessoas não conhecem: Ele se alista para o exercito americano. Claro que ele é convocado para servir no Iraque e junto com ele mais quatro amigos. Claro que da guerra não se pode esperar nada de bom e quando ele retorna as coisas estão diferentes. A cidade, as pessoas, Fern e ele mesmo. 

Todo mundo que é alguém se torna ninguém quando fracassa. 

Fern já é a tipica personagem feminina de livros young adult e new adult. Seu jeito clichê, a boa moça, que se acha feia, não digna de alguém como Ambrose e tudo mais me irritou um pouco no começo mas acaba sendo uma questão de costume e conforme a leitura vai andando isso acaba sendo deixado de lado. Ela amadureceu bastante durante o período em que ele ficou na guerra e graças a esse amadurecimento ela foi capaz de ajuda-lo a se readaptar. 

O livro trás uma bela reflexão sobre o que é feio e belo, não digo que ele quebra esses paradigmas pois acredito que por se tratar de um romance (daqueles água com açúcar, eu devo acrescentar) a maioria dos leitores irão apenas focar nesse aspecto, sem dar muita importância no que realmente esta por trás do romance. Todos os personagens foram criados com um proposito e tem uma missão nessa obra. Um ótimo exemplo disso é Bailey (primo e melhor amigo de Fern), que tem  distrofia muscular de Duchenne e nunca deixou isso afetar a sua vida mais do que o “necessário”. Ele mantem seus sonhos e esperanças e mesmo tenho pleno conhecimento de sua condição não tenho medo. É o personagem mais divertido e acabou se tornando um super querido por mim. 

Um ponto negativo para o livro é que seu final não é surpreendente. Para alguns isso pode ser algo bom, mas eu gosto de sofrer muito antes do final feliz. Nada de bom vem fácil, sabe? Sofri com o livro, mas foi uma dor mais de raiva da autora do que da história em si, então eu não considero muito nesse sentido. Enfim, é uma bela história com ótimos personagens. Além de sofrer um pouco, torcer pelos protagonistas, eu também ri bastante.

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