[Resenha] Assassinato no Expresso do Oriente

Goutyne
By Goutyne

Esse ano tive a oportunidade de ler Agatha Christie pela primeira vez e por um acaso logo surgiu uma nova oportunidade no Clube de Leitura do CA do meu curso na faculdade. Eu acho que não leria nada da autora tão cedo se não fosse por essa leitura coletiva, pois particularmente não me encantei tanto assim pela escrita da autora. Ter a segunda leitura é a contraprova de que Agatha Christie, infelizmente, não é para mim.

Assassinato no Expresso do Oriente é um dos livros mais famosos da autora e já ganhou algumas adaptações ao longo dos anos conta como protagonista o famoso detetive Hercule Poirot. Aqui ele precisa investigar o assassinato de um norte-americano assassinado em sua cabine no trem que tem por nome Expresso do Oriente. O livro tem uma lista imensa de suspeitos e o acaso para dificultar (ou não, dependendo do post de vista) e investigação, já que o trem está parado no meio de uma nevasca por causa do gelo.

Meu amigo, quando se quer apanhar um coelho, mexe-se em sua toca. Se ele estiver ali, foge, com certeza. Foi o que fiz.

Não se pode negar que a autora consegue criar uma história instigante em poucas páginas, mas ao mesmo tempo em que a curiosidade de saber o desfecho da história é grande a desmotivação também é. Poucas pistas são deixadas ao leitor durante as inúmeras entrevistas que o detetive faz com os suspeitos.

São diversos personagens que acabam se tornam descartáveis em um momento e essenciais em outros. É um pouco difícil aguentar essa oscilação o livro todo e em certo ponto ele se torna desinteressante e só resta torcer para o fim chegar logo. Por ele não ser um livro curto o fim não demora muito, mas é morno.

Chega a ser incrível que com as informações que o detetive tem ele consegue desvendar o mistério, mas como ele é protagonista é óbvio que tem uma inteligência acima da média para adivinhar a teia inteira e poder fazer a acusação formal. O que me incomoda mesmo é que o livro parece não ter uma conclusão, mas ao mesmo tempo ele não deixa um final aberto. Todo o acaso beneficia o detetive assim como todos os personagens.

Não creio que após essas duas experiências eu vá ler algo da autora novamente, mas nunca se sabe. Ainda tem livros dela que parecem ser interessante, mas como não me atrai muito os seus mistérios e resoluções é provável que vou acabar dispensando essas leituras.

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