[Resenha] A Fúria e a Aurora

Redação

Assim que eu soube da A Fúria e a Aurora eu quis ler, e já imaginei infinitas coisas envolvendo o califa e a Sherazade e o universo das As Mil e Uma Noite. Eu também tive receio de que encontrasse no livro aquelas histórias paralelas (e eu odeio isso), e graças que não foi bem assim. Na verdade teve, mas não foram tantas. Confesso até que pulei as partes das histórias contadas por Sherazade. Como eu disse, odeio histórias paralelas. Mas aí depois parei de pular porque não precisou. Khalid já tinha caído na armadilha dela. Agradeci! 

A partir daí o desenvolvimento deles foram maiores. Sherazade se mostrou língua afiada, esperta, impetuosa, inteligente, teimosa, nada prudente e orgulhosa. Eu gostei dela. Impossível não gostar de uma personagem assim. 

Assim como é impossível não gostar de um personagem como Khalid. Na metade para lá, especialmente. Ele se mostrou o sonho de toda mulher, e até mesmo eu que sempre repilo a necessidade da ideologia me vi “in love” com ele. Mas mesmo assim não posso deixar de falar, embora, que a atitude dele seja irreal. Bem, mas não vou reclamar disso hoje, porque posso entender a necessidade da idealização. Oh, sim, eu sou capaz de entender. 

Enfim, eu nunca me envolvo com personagens secundários. Mas gostei muito do Jalal, o primo do califa. No primeiro momento pensei que ele fosse ser um personagem sacana, mas a graça dele é que ele não é. Que ele é apaixonante tanto quanto Khalid, e não estou falando dele envolvido romanticamente com a personagem principal! Nada disso. Ele se mostrou independente por ele mesmo. Amei e amei a forma como ele é. Senti pena dele pela forma distante que Khalid o tratava e torci para que eles se entendessem. Achei ele impactante desde o primeiro momento e continuou sendo no final. E acho, suspeito, que será por causa dele que vou ler o segundo livro. 

Ao contrário de Tariq, o enxerido. Sério, odeio a outra ponta do triângulo amoroso porque ela sempre é intrometida e vem para atrapalhar. Ele é um ex-amor e ex-namorado de Sherazade antes de ela ir para o castelo e ele cumpriu o mesmo papel que Aspen em A Seleção. Exatamente a mesma. Não consegui sentir nenhuma empatia por ele, ainda mais depois que ele viu Sherazade abraçada ao Khalid e quando isso mostrou que ela não estava ali contra sua vontade, e mesmo assim ele colocava ela em risco. 

Num primeiro instante eu estranhei a escrita, que achei muito objetiva, mas aí eu ia lendo e ia me acostumando, e definitivamente, a objetividade fez fluir muito a leitura ao ponto de você chegar no final e dizer “uê, acabou?”. Foi frustrante chegar no final e saber que tinha acabado.  

Tirando a escrita, que ainda assim não deixa de ser muito objetiva, e a idealização de Khalid nas alturas (e um pouco de ciúme – e por que não? – pelo jeito que ele trata Sherazade), foi muito bom. Só não tenho ideia de como vai ser o segundo livro. Não faço ideia do desenvolvimento que ele terá e por isso vou ler o próximo. Só prevejo que não vou gostar muito do inicio pela forma que o primeiro acabou. Quer saber? Acho que vou ali na Amazon e ler a sequência em inglês!

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