Empreendedorismo feminino é maior nos pequenos negócios

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By Goutyne
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O fenômeno do empreendedorismo feminino têm atraído recentemente a atenção de entidades que analisam o mercado e produzem estatísticas quanto à abertura de empresas no Brasil.

Ao mesmo tempo em que 955.368 novos negócios foram registrados no país apenas nos primeiros cinco meses deste ano, um recorde apurado pelo Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, são projetos encabeçados por mulheres a maioria entre os iniciantes.

Empreendedorismo feminino: elas dominam

Mais precisamente, 51,5% de todas as empresas criadas nos últimos três anos e meio foram abertas por mulheres. O dado consta na pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2016, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

Conforme o estudo, estas são as principais áreas atendidas pelo empreendedorismo feminino no Brasil:

  • Serviços domésticos
  • Tratamento de beleza e cabelo
  • Comércio varejista de roupas e acessórios
  • Serviços de bufê e de comida preparada
  • Saúde particular
  • Atividades jurídicas
  • Contabilidade
  • Pesquisa de mercado.

Estudos

A mesma pesquisa ainda revelou um dado não muito positivo a respeito do empreendedorismo feminino. É que a taxa de negócios abertos por necessidade, e não por oportunidade (como seria o ideal) é bem maior entre elas: 48% contra 37% dos homens.

Mas não foi apenas a GEM 2016 que analisou recentemente o avanço das mulheres no comando de negócios no Brasil. O próprio Sebrae, inclusive, produz com frequência novos dados que ajudam a entender esse fenômeno.

A entidade apurou que, em 2014, por exemplo, o país tinha 7,9 milhões de empresárias, o que representa um aumento de 34% no índice de empreendedorismo feminino em 14 anos.

O Sebrae estima que o faturamento de 75% delas alcance R$ 24 mil por ano. Também aponta que 43,2% dos cargos de gerência em micro e pequenas empresas são ocupados por elas.

É uma realidade muito diferente dos negócios de maior porte. Segundo a consultoria Delloite, em 2017, a participação feminina em conselhos de administração de 64 companhias de médio e grande porte alcançou 7,7%. Houve um aumento com relação a 2015, quanto totalizavam 6,3%. Mas ainda fica muito aquém dos índices registrados em empresas menores.

Apenas para comparação, na França, esse índice é de 40%. E mesmo na vizinha Colômbia, já alcança 14,5% – quase o dobro do registrado por aqui.

Já de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quatro em cada dez lares brasileiros são chefiados por mulheres, sendo que 41% delas são donas de negócios próprios.

Por outro lado, novamente segundo a pesquisa do Sebrae, as mulheres empreendedoras são mais escolarizadas que os homens, mas ganham menos do que eles. O percentual daquelas que recebem até três salários mínimos é de 73%. Já entre eles, alcança 59%.

Qual o perfil da mulher empreendedora?

É verdade que um bom gestor independe de gênero. Se ele não for um líder, persistente e resiliente, dedicado ao controle financeiro e aos aspectos fiscais e tributários. Fica difícil alcançar o sucesso que almeja.

Mas há características próprias das mulheres que ajudam a compor um perfil empreendedor altamente suscetível ao êxito. O que, para alguns, parece fragilidade, no comando de uma empresa se mostra como vantagem.

A sensibilidade feminina é talvez o melhor exemplo, pois aparece de forma positiva tanto na facilidade com que se relaciona bem com clientes e fornecedores. Quanto na tomada de decisão na empresa, em especial em situações delicadas e cenários adversos.

Nessas horas, outra qualidade que desponta é a paciência. Agir com impulsividade no empreendedorismo raramente dá certo. E se é de uma boa estratégia que um negócio precisa para dar certo, mas nada melhor do que contar com uma gestora hábil, detalhista e preocupada.

E não custa lembrar da capacidade de desenvolver tarefas simultaneamente sem prejuízos entre elas. Mas em pequenas empresas, especialmente, essa é uma característica que pode ser decisiva para fazer dar certo.

Mulheres tendem a enfrentar maior dificuldade para se dedicar à vida profissional de forma a conciliar com a vida pessoal. Especialmente quando há filhos, o instinto materno fala alto e pode haver certa culpa por supostamente deixá-los em “segundo plano” durante momentos do dia.

Esse é um desafio que depende muito do grau de amadurecimento dela como empreendedora. É preciso encontrar o equilíbrio, de forma que não se perceba prejudicando a vida pessoal em detrimento da profissional e vice-versa.

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