[Resenha] Cartas de amor aos mortos

Goutyne
By Goutyne

Cartas de Amor aos Mortos foi lançado em 2014 pela Editora Seguinte e desde então fiquei com muita vontade de ler, mas foi passando… passando e na Bienal do Rio de 2017, enfim, comprei esse livro e coloquei na minha lista de leitura. Na época de seu lançamento, o livro foi um verdadeiro sucesso, tendo mais de 22 mil registros de leituras no Skoob e hoje eu trago para você as minhas impressões sobre essa história emocionante e devastadora.

Após um trabalho na aula de inglês, Laurel deveria escrever uma carta para alguém que já morreu, e o que deveria ser apenas uma tarefa, se tornou seu refúgio. Laurel encheu seu caderno com cartas para pessoas como Kurt Cobain, Amy Winehouse, Janis Joplin e muitos outros, todos com uma história difícil. Ao mesmo tempo em que ela contou as histórias deles, também contou a dela.

Laurel havia acabado de mudar de escola, depois de sua vida se tornar uma bagunça. Com a morte de sua irmã e a separação de seus pais, ela morava com sua tia, uma mulher rígida e religiosa.

Nas cartas ela expressava os sentimentos que jamais conseguira dizer a alguém; toda a raiva, culpa e tristeza que ela guardava dentro de si. Enquanto luta nesta jornada de perdoar May e a si mesma, a personagem nos conquista com cada carta, cada palavra e sensação enquanto lemos.

Uma garota tímida e inocente aprendendo a viver no mundo sem a irmã para protegê-la. Escola nova, amigos novos e seu primeiro amor, Sky.

Laurel tem de enfrentar tudo isso enquanto descobre mais sobre quem era May quando não estava com ela; ainda linda e encantadora, mas inconsequente e excepcional.

O progresso e a proximidade dela com os destinatários que aumenta a cada carta é algo emocionante de se acompanhar. A intensidade e verdade contida em cada palavra faz com que a leitura seja leve e nos deixe com gosto de “quero mais.

Passamos a entender seu universo e ver o mundo através de seus olhos, vemos a tristeza se dissipando e a culpa parando de corroê-la, aceitamos essa nova fase com ela, com todas as mudanças.

A autora soube como nos deixar próximos de Laurel e partilhar as emoções. Uma adolescente conhecendo a dor, o vazio e o amor. Não há uma carta que não tenha me tocado de alguma forma ou que não valha a pena ser lida.

[…] “O que falei sobre salvar as pessoas não é verdade. Você pode achar que quer salva por outra pessoa, ou que quer muito salvar alguém. Mas ninguém pode salvar ninguém, não de verdade. Não de si mesmo.[…]”

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