A Perspectiva Científica da Busca por Extraterrestres

Goutyne
By Goutyne
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A perspectiva questão de a humanidade ser ou não a única forma de inteligência tecnologicamente avançada o suficiente para explorar o universo é um dos maiores mistérios da história e uma das questões filosóficas mais profundas já elaboradas pela mente humana. Estamos sós? Essa questão é possivelmente tão antiga quanto a própria humanidade, muito antes de nos reconhecermos como uma espécie capaz de explorar o cosmos.

A eventual descoberta de vida extraterrestre em algum ponto desta ou de outras galáxias seria potencialmente a maior descoberta da espécie humana. E se essa forma de vida for inteligente, então provavelmente teremos um ponto de mutação em nossa civilização. Com implicações profundas e provavelmente irreversíveis para a nossa compreensão de mundo, nossa espiritualidade e a percepção de nossa própria natureza coletiva e individual.

Há milhares de indivíduos pelo planeta que afirmam publicamente, com perspectiva e com convicção, terem conhecimento da existência de formas de vida alienígenas visitando a Terra em discos voadores, inclusive vida inteligente e tecnologicamente avançada, que estaria vindo até aqui e interagindo com humanos.

Apesar da apaixonada alegação de veracidade em seus depoimentos, sua certeza ainda não é compartilhada por boa parte da humanidade, especialmente pela maioria dos envolvidos profissionalmente com a ciência. Sou um desses cientistas, que busca assumir uma postura racional, lógica e pragmática para trilhar o caminho do autoconhecimento e a compreensão do universo. Uma trilha que quase certamente restará incompleta ao final da uma vida efêmera.

A descoberta da vida extraterrestre

A ciência é a forma mais eficiente, precisa e acurada de construção do conhecimento já criada pela humanidade — é o conjunto de técnicas mais confiável para compreender o mundo em que vivemos. A tecnologia é a materialização do sucesso da ciência e cada avanço tecnológico é resultado de uma melhor compreensão do mundo pela humanidade.

Mas, a perspectiva e paradoxalmente, a maior qualidade da ciência, o seu rigor, é exatamente sua maior limitação. Em razão de o método científico de investigação da realidade exigir avaliação crítica do trabalho por outros especialistas, necessidade de documentar e replicar os eventos e fenômenos estudados e ter a obrigatoriedade de reunir provas materiais e conceituais robustas.

A Ufologia é uma área de estudo que não se enquadra formalmente na investigação científica. A história mostra exemplos de como pseudociências, como a alquimia e a astrologia, inspiraram o surgimento de ciências, como a química e a astronomia.

Estando os ufólogos convictos de sua hipótese de que outras formas de inteligência têm visitado a Terra, então devem mesmo se organizar em grupos de pesquisa. Adotar as melhores práticas da ciência sempre que possível e tentar reunir provas as mais concretas para apresentar à sociedade.

Mas a perspectiva e os milhares de fotos, vídeos e depoimentos não são evidências suficientes para a ciência. E nem devem ser. A ciência tem a responsabilidade e obrigatoriedade de agir como o filtro mais rigoroso e refinado do conhecimento humano.

Mas então a ciência não está preocupada em procurar por seres extraterrestres, confirmar se eles existem ou não? Sim, está. E investe muitos milhões de dólares anuais nesta pesquisa. A ciência chamada de astrobiologia é a que formalmente estuda a possibilidade real de haver vida fora da Terra e da vida terrestre vir a colonizar outros mundos.

A Perspectiva Científica inspirando as Ciências

Do ponto de vista científico, é mais provável que haja vida além da Terra do que o contrário. Pelo que entendemos ser vida, ela depende de haver água líquida. Portanto, um ambiente nem tão quente ou frio — e certos elementos químicos. Como carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre, e uma fonte de energia para as reações químicas e metabólicas.

Outros requisitos são o calor de uma estrela próxima, a atividade geotérmica pelo decaimento de elementos radioativos e/ou maré gravitacional, a energia gerada pelo campo gravitacional de grandes astros, como Júpiter, Saturno e suas muitas grandes luas etc.

Todos esses requisitos, ou ingredientes, não são raros no universo e, pelo seu gigantesco tamanho, podem estar reunidos em um número enorme de mundos, como planetas, luas, planetas-anões, meteoros, cometas e até em planetas errantes, ou seja, aqueles que não estão presos a um campo gravitacional estelar. Portanto, é provável que a vida tenha se desenvolvido em muitos lugares.

Acumulam-se evidências científicas de que é possível que algumas formas de vida, especialmente microrganismos, sejam catapultados de seus mundos de origem pelo impacto de meteoritos ou cometas — eles poderiam sobreviver dentro de fragmentos de rocha dos seus mundos, lançados ao espaço na forma de meteoros, que finalmente colidem com outros orbes, podendo sobreviver e colonizá-lo.

Assim, teoricamente, a vida poderia se espalhar pelo universo sem precisar ser inteligente o suficiente para construir naves. Essa é a teoria da panspermia e, se ela for verdadeira, a vida pode ser ainda mais abundante no cosmos, pois não precisaria surgir em vários mundos, mas surgindo em apenas um já poderia colonizar muitos outros.

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