Apesar de ter terminado em 2013, após cinco grandiosas temporadas, Breaking Bad nunca parou de impressionar e angariar fãs ao longo do tempo. Não à toa, a obra de Vince Gilligan ganhou dois spin-offs igualmente celebrados pelos espectadores: El Camino (2019) e Better Call Saul (2015). Aliás, muitos espectadores acreditam que a série focada no advogado Saul Goodman (Bob Odenkirk) supera, em alguns aspectos, a produção original, focada em Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul).
Mas será que essa afirmação realmente faz sentido e Better Call Saul é mesmo melhor do que Breaking Bad?
Better Call Saul x Breaking Bad: qual é melhor?
Resolvemos analisar a tese e listamos 9 coisas que, discutivelmente, o spin-off Better Call Saul fez melhor do que Breaking Bad. Assim, você pode decidir, de uma vez por todas, se o aprendiz superou seu mestre. Confira abaixo!
9 – Mike Ehrmantraut
Com certeza, você se lembra de Mike (Jonathan Banks), o braço direito de Gus Fring (Giancarlo Esposito) em Breaking Bad, não é mesmo? Pois bem, ele tem um desenvolvimento ainda melhor em Better Call Saul, com um arco mais satisfatório e detalhado, que mostra seu passado, suas motivações e as razões que o levaram a se tornar no assassino frio que assistimos no seriado original.
Assim, Better Call Saul enriquece muito o personagem, dando a ele um ar quase que de protagonista, diferente de Breaking Bad.
8 – Menos estressante
Breaking Bad é uma pancada atrás da outra. Mortes, planos maquiavélicos, reviravoltas de tirar o fôlego e por aí vai. E, apesar de esse estresse todo ser bem-vindo em uma narrativa recheada de ação, é interessante ver como Better Call Saul é bem mais moderada nesse sentido. Apesar de ter seus momentos tensos, o spin-off tem um tom mais dramático, sentimental e até humorístico, se apoiando menos no caos e mais nas questões internas dos personagens.
7 – Hector Salamanca
Outro personagem que apresenta um arco mais robusto em Better Call Saul do que em Breaking Bad é Hector Salamanca (Mark Margolis). Também como conhecido como “Tio”, o chefão da família Salamanca mostra que, antes de sofrer um derrame, era um cara ainda pior e mais impiedoso do que imaginávamos. Além disso, descobrimos tudo sobre seu passado conturbado com Gus Fring e sobre como ele foi parar na cadeira de rodas no qual o vemos durante a obra original de Gilligan.
6 – Imprevisibilidade
Breaking Bad, mesmo sendo genial, apresenta uma história bem direta: um ex-professor de química, ao descobrir que está com câncer e sem dinheiro, decide produzir metanfetamina e construir um império de drogas. Apesar das várias subtramas, essa ideia central é bem clara dentro da narrativa. Porém, o mesmo não pode se dizer sobre Better Call Saul.
Sabemos o ponto final da trama de Better Call Saul, mas não sabemos como chegaremos até ele. E é essa imprevisibilidade que torna o spin-off tão viciante, afinal, não temos ideia de como Jimmy McGill virou Saul Goodman ou do que ele busca exatamente, além de dinheiro fácil.
5 – Gus Fring
Gus Fring, o famoso empresário por trás da rede de restaurantes Pollos Hermanos e que, por acaso, também é um dos maiores traficantes de drogas dos Estados Unidos, é um dos maiores vilões de Breaking Bad. Muito inteligente, ele entra em constantes confrontos com Walter White, que parece ser o único capaz de pará-lo. Entretanto, as coisas mudam um pouco em Better Call Saul.
Sem a presença de Walter, vemos Gus na luta para ascender no mundo do crime. Apesar de já termos um gostinho de sua origem em um dos episódios de Breaking Bad, Better Call Saul vai bem mais além no arco do personagem e mostra o que ele fez para chegar onde chegou, além de toda sua desavença com a família Salamanca.
4 – Empatia pelo protagonista
Uma das principais diferenças entre Breaking Bad e Better Call Saul é em relação ao protagonista. Enquanto Walter White configura um homem mal, calculista e que parece ficar pior a cada episódio, Saul não segue essa linha. O advogado trambiqueiro, pelo contrário, demonstra ser um pessoa boa, que se importa, especialmente, com seu irmão Chuck (Michael McKean) e sua namorada Kim (Rhea Seehorn).
Porém, ao se envolver com as pessoas erradas e em vários esquemas questionáveis, o personagem acaba se perdendo em suas ações, mesmo que seu coração continue bom. Já não podemos dizer o mesmo de Walter, que confessa no fim de Breaking Bad, inclusive, que fez o que fez porque gostava. Por isso, sentimos muito mais empatia por Saul.
3 – Os primos Salamanca
A família Salamanca é um dos principais alvos da narrativa de Better Call Saul e ganha diversas histórias de origem. Entre elas, temos algumas relacionadas aos primos Leonel (Daniel Moncada) e Marco (Luis Moncada), que, em Breaking Bad, nem se quer falavam e apareciam apenas como assassinos assustadores que estavam sempre por perto. Ou seja, o spin-off desenvolve bem mais os arcos dos primos e mostra até porque eles são inseparáveis.
2 – Protagonista feminina
Apesar de Skyler (Anna Gunn) e Marie (Betsy Brandt) serem peças centrais de Breaking Bad, elas ainda ficam aquém dos holofotes, que são direcionados mais para Walter e Jesse. Porém, em Better Call Saul, o protagonismo de Saul é dividido com Kim, que compõe uma personagem extremamente inteligente e determinada. Ela, inclusive, acompanha o amado em muitos golpes, mostrando que também tem um lado imprevisível e “condenável”. Uma ótima personagem para uma ótima série!
1 – Saul Goodman
Por fim, um dos maiores motivos para que alguns fãs gostem mais de Better Call Saul do que de Breaking Bad é o personagem título do spin-off. Explicamos: enquanto Walter White desce ao pior dos níveis, passando de um pai para um mestre do crime, Saul é um cara mais complexo, que não se entrega às trevas da mesma maneira. Como dissemos aqui, ele tem seus lados ruins, mas possui um bom coração e se importa com quem ama. Já Walter é uma pessoa egoísta, que passa por cima de todos para conseguir o que quer. Ou seja, ponto para Saul, que também é mais divertido!