A minissérie de seis partes da Netflix, “Griselda”, mergulha na história da infame traficante de drogas Griselda Blanco, conhecida como a Madrinha da Cocaína. Sob a liderança da equipe de Narcos, a série é estrelada e produzida executivamente por Sofía Vergara, oferecendo uma visão audaciosa da vida de Griselda, que fugiu para Miami em 1978 para escapar do marido traficante.
O enredo começa com ela ferida, reunindo seus filhos e embarcando em uma jornada tumultuada. Embora baseada em eventos reais, a narrativa toma algumas liberdades dramáticas para criar uma história mais cativante. Ela é apresentada como uma mulher forte e determinada, enfrentando a misoginia e o sexismo ao entrar no mundo do tráfico de drogas em Miami.
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A série destaca a irmandade entre as mulheres que a serie traz consigo, originárias de Medellín. O confronto com o sexismo no ambiente de trabalho é habilmente abordado, oferecendo uma perspectiva sobre as dificuldades que ela enfrenta. Vergara entrega uma atuação envolvente, destacando as experiências brutalizantes que moldaram o instinto de sobrevivência de sua personagem.
Contudo, “Griselda” tende a perder a oportunidade de explorar costuras mais ricas que poderiam diferenciá-la de outras narrativas sobre cartéis de drogas. A trama se torna excessivamente focada nos horrores e na violência, seguindo as convenções esperadas desse gênero, em detrimento de uma abordagem mais aprofundada.
Apesar disso, a série mantém um ritmo agradável e é visualmente deslumbrante. O desempenho de Vergara é um destaque, desafiando preconceitos e expectativas em relação a atrizes de comédia. “Griselda” oferece uma experiência agradável, embora não atinja completamente o potencial de trazer algo verdadeiramente inovador ao gênero.
