[Resenha] Sem Você Não é Verão: (Trilogia Verão vol. 2)

Redação

Os verões de Belly Conklin são sinônimo da casa de praia em Cousins Beach e de dias inteiros ao lado de Conrad e Jeremiah. Mas, no último ano, tudo mudou e, pela primeira vez, Belly irá passar sua estação preferida em casa, longe dos meninos Fisher. No entanto, quando Jeremiah liga, contando que Conrad desapareceu, ela sabe que precisa ajudá-lo a encontrar o irmão. E então, eles se veem de volta onde tudo começou e, talvez, irá terminar – em Cousins Beach.

O sabor agridoce da nostalgia permeia a nova jornada de Belly. Isso porque Sem você não é verãoé o retrato perfeito daqueles momentos em que tudo se transforma: quando as crianças se tornam adultas, o amor vira um coração partido e tudo parece ser devorado pela dor da perda.

Mas se o tempo é implacável, as histórias compartilhadas não ficam atrás. E é exatamente com as lembranças do passado que Belly se permite ter vislumbres do futuro se entregar ao presente.

Sempre faço questão de ressaltar a sutileza com que Jenny Han aborda temas mais pesados, e isso fica bem claro em Sem você não é verão. O triângulo amoroso e os questionamentos do coming of age podem ser a base da história.

Mas, no segundo volume da trilogia, a autora coloca a dor da perda sob uma lupa, traduzindo-a em conforto e compreensão para quem já perdeu alguém. E é exatamente esse o ponto de conexão entre todos os personagens da trama, e o que, ao mesmo tempo, fortalece e torna mais delicados os laços entre eles.

Como muitos livros young adultSem você não é verão tem aquela dose de problemas que poderiam ser resolvidos (ou evitados) se os personagens conversassem e não guardassem segredos. O que nos leva ao fato de que eu esperava um amadurecimento de Belly, até por conta de todos os acontecimentos do primeiro livro.

Mas, infelizmente, ela continua quase a mesma garota mimada e egocêntrica de sempre. Em contrapartida, Jenny Han nos traz o ponto de vista de Jeremiah, que se revela ainda mais encantador e nos faz suspirar.

Por tudo isso, digo que o que mais gosto na série é justamente o mix “young adult problems” com vida real. E poucas coisas são mais reais do que a compreensão de que todo tipo de amor vem acompanhado por todo tipo de coração partido. Todos doem. Mas todos cicatrizam.

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