[Resenha] Restaura-me, de Tahereh Mafi

Goutyne
By Goutyne

Restaura-Me é o início de uma nova fase para Juliette em que ela precisará de muita coragem. Isso já sabemos que ela tem de sobra, mas às vezes lhe falta autoconfiança. Agora ela é a Comandante Suprema do Setor 45 e precisa estar a altura para fazer jus a este cargo que ela reivindicou da forma como todos os leitores gostaria que ela reivindicasse.

Este livro é justamente esse processo de adaptação entre ela e seu cargo, todas as novas descobertas desse novo mundo que ainda é tão novo para uma jovem de 17 anos que passou anos em um sanatório. Como pessoa eu entendo todas as dúvidas e dramas internos da personagem, mas como leitora após a página 100 acabou ficando um pouco chato e irritante. Eu me senti empacada com esses sentimentos dela e só conseguia pensar “acorda! ou as coisas não vão para frente”.

A grande vantagem do livro é que Warner também tem lugar como narrador personagem, então as inseguranças de Juliette acabam sendo ofuscadas pelo que vamos descobrindo deste personagem que sempre foi um mistério. Warner ainda é atormentado pelos seus erros do passado e acima de tudo vive a sombra de tudo o que seu pai fez e falou para que ele se tornasse um homem frio.

Já sabemos dos abusos físicos de Anderson infringiu à ele, mas agora entendemos como o abuso psicológico realmente mexe com ele. Crises de pânico, ansiedade, medo constante, são apenas algumas coisas que atormentam esse jovem que encontrou a mulher que ama, mas que em determinado ponto da trama não irá entende-lo quando segredos virem a tona.

Warner é um cofre ao qual só tenho acesso ocasionalmente, e com frequência me pergunto quanto ainda me resta descobrir sobre ele. Às vezes, isso me assusta.

Quanto a história em si o livro tem muitos momentos Warnette que deixa as fãs do casal feliz e suspirando por eles, mas infelizmente nem tudo é perfeito. Quem ama casal em qualquer livro não tem um minuto de paz, né? Os dramas do romance acabaram me deixando cansada da história ao longo do tempo, mas ainda bem que há outras tramas junto.

Novos personagens aparecem, filhos e filhas de Comandantes Supremos do mundo inteiro que querem conhecer Juliette. Sem esquecermos que Estilhaça-Me é uma distopia muita trama política acontecerá e a vida de Juliette irá virar de cabeça para baixo novamente quando ela descobre coisas de seu passado provavelmente seria melhor ela nunca saber.

Eu senti falta de personagens antigos que viviam no Ponto Ômega. Acho que se tivesse menos drama amoroso esses personagens poderiam aparecer um pouco mais. Todos seriam de grande ajuda a Juliette, mas parece que agora eles só tornaram alguém que ela conhece e que a ajudaram a chegar onde ela chegou. Kenji é o único que mantém sendo um grande destaque, mas não é para menos.

Todas as leitoras o ama e ele é o alivio cômico que a história precisa em alguns momentos. Já Adam foi esquecido no churrasco. Fico até com pena dele por perder o seu lugar nessa história mesmo quando pode agregar ao melhorar seu relacionamento com Warner.

Bom, claro que com o final deste livro a vontade de ler logo a sequencia é grande. Um grande segredo foi revelado e eu ainda não sei o que achar desse rumo que a história está tomando.

Particularmente eu não achava mesmo que a autora iria trazer isso a tona, ainda mais depois de Juliette se mostrar determinada a deixar isso para trás em sua vida. O plot twist é grande e só posso torcer para que ela consiga lidar e superar isso da melhor forma, mas no fundo eu sei que isso irá machuca-la tanto, tanto e ao mesmo tempo poderá causa uma grande raiva e ela sairá do controle.

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