[Resenha] Quando ela se foi (Myron Bolitar – Livro 9)

Redação

Dessa vez, com o livro arrasador Quando Ela Se Foi que nada mais é que o nono livro da série do meu mozão Myron Bolitar. A série vem sendo resenhada por mim nos últimos 8 meses e preciso dizer que, até agora, esse foi um dos mais emocionantes que eu já li. Mas antes que eu me estenda demais, confere a sinopse:

Quem leu o sexto livro da série, Detalhe Final, sabe que depois de uma grande perda, Myron decidiu fugir para uma ilha deserta com Terese Collins, uma jornalista famosa que ele conheceu em um evento beneficente. Ambos reconheceram um no outro uma dor profunda na alma e decidiram curar suas feriadas com sexo selvagem no Caribe. No decorrer dos livros da série, nós sabemos o motivo da fuga do Myron, mas nunca soubemos o motivo de Terese e é aqui, nesse livro, que vamos descobrir.

Fazem oito anos que Myron e Terese não se veem. A última vez que se falaram, foi quando Myron precisou da ajuda dela para salvar a vida do seu filho em O Medo Mais Profundo. Depois disso, Terese sumiu do mapa e nunca mais Myron ouviu falar dela. Mas sempre, o pensamento acabava indo em sua direção, se perguntando por onde ela andava e lembrando dos dias quentes do Caribe (se é que me entendem). Myron seguiu com a sua vida, começou a namorar sério e expandiu seus negócios, até que um dia recebeu uma ligação da sua crush Terese pedindo que ele vá para Paris encontrá-la, pois ela precisa da sua ajuda.

Todos nós sabemos o quanto Myron tem aquela fibra moral difícil de encontrar hoje em dia, por isso, por conta do seu relacionamento sério, ele hesita em aceitar o convite. Mas acontece que ele leva um grande pé na bunda – que, inclusive, me dá vontade de chorar e abraçá-lo porque o coitado não dá sorte no amor de jeito nenhum – e, depois de se meter numa briga absurda, onde Win acaba hospitalizando um policial, ambos decidem que é uma boa hora de dar uma escapada do país e assim, Myron parte para Paris e Win para algum outro lugar do mundo.

Chegando lá, Myron encontra Terese e ela conta o por quê de ela estar precisando da ajuda dele: ela recebeu uma ligação do ex-marido, Rick Collins, dizendo que ele tinha uma notícia para dar que mudaria toda a vida dela e que ela precisava se encontrar com ele em Paris o quanto antes. Segundo Terese, Rick é um repórter investigativo de sucesso e que nunca se amedrontava com nada, mas que, pela primeira vez na vida, ela percebeu um grande temor na voz dele ao telefone. Por isso, ela partiu assim que possível para a capital francesa.

Mas até aquele momento, ela não tinha tido notícias de Rick. Ele tinha dito que, quando ela chegasse no hotel combinado, ele entraria em contato com ela, mas faziam dias que ela estava lá e nem sinal dele. Preocupada, com uma sensação de que algo aconteceu e sabendo do talento de Myron em encontrar pessoas, ela precisa que ele a ajude a encontrar Rick. Mas, infelizmente, logo eles descobrem o motivo dele não ter entrado em contato com Terese desde que ela chegou: Rick foi assassinado. E isso não é o mais surpreendente: junto ao corpo foi encontrado muito sangue, onde grande parte era do próprio Rick, mas uma pequena parte era de um DNA diferente, mas que indicava ser de uma pessoa do sexo feminino e que era filha de Rick. Filha dele com Terese.

E é aqui que ficamos sabendo da grande dor que fez Terese partir para o Caribe afogar as mágoas com Myron 10 anos atrás. Pouco antes de se conhecerem, Terese estava dirigindo um carro, enquanto levava a filha de 7 anos para a casa da madrinha, pois ela teria que cobrir um âncora no telejornal. Por conta da pressa, por estar atrasada, quando um caminhão veio em sua direção, ela perdeu o controle e acabou batendo o carro. Sua filha, Miriam, morreu na hora e Terese nunca se perdoou por isso.

Agora, com o DNA encontrado na cena do assassinato de Rick, tudo indica que Miriam está viva e que estava com o pai quando ele morreu. Juntando isso, com o telefonema de Rick para Terese, onde ele disse que precisava contar algo que mudaria a vida dela, tudo indica que, desde o acidente que aconteceu tantos anos atrás, uma rede de mentiras vem sendo construída em torno de Terese e agora, tudo está prestes a vir à tona.

Com ajuda do Batman… errrrr.. quer dizer Win, Myron vai fazer de tudo para encontrar a verdade sobre o assassinato de Rick e se Miriam morreu ou não no acidente. Mas, no decorrer dessa investigação louca, eles acabam cruzando com terroristas, agências de segurança de vários países, extremistas religiosos e pesquisas genéticas onde nada parece ter a ver com nada, mas que, no final, tudo se encaixa da forma mais triste e arrasadora possível.

Esse foi o livro em que eu mais sofri, até agora. Myron quase matou Win, Esperanza, os pais e eu do coração ao levar um tiro, matar um terrorista e desaparecer por dezesseis dias enquanto é torturado e interrogado num buraco negro de uma organização secreta de segurança de algum dos países envolvidos em tudo aquilo. A agonia foi forte e, se eu não soubesse que ainda temos dois livros pela frente, já ia achar que meu bebê ia acabar morrendo nesse livro. Só sei que EU, com certeza, quase morri.

Myron está todo quarentão, mas mais em forma e coração mole do que nunca. Em vários momentos me emocionei e dei aquele sorrisinho orgulhoso pelo homem incrível que ele é. A preocupação e o amor deles com os pais sempre me toca de uma forma que me traz lágrimas aos olhos e, nesse livro tive uma revelação bombástica: ele tem dois irmãos, um homem e uma mulher que nunca foram citados até agora e eu fiquei jogada na BR. Sem motivo, claro, já que todo mundo sabe que existe outra série de sucesso do Harlan Coben, que tem como protagonista Mickey Bolitar, o SOBRINHO, do Myron. Não sei porquê, na minha cabeça, Myron era filho único. Enfim… coisas de Letícia.

Pela primeira vez, temos um livro dividido em duas partes, onde no final da primeira, temos um ataque cardíaco com o que acontece e agradecemos a pausa para dar uma respirada rs. A diagramação do livro segue simples e confortável. Pra mim, essa capa é uma das mais lindas da série, porque eu amo Paris e fico namorando essa paisagem sempre que pego o livro da estante rs. Essa edição foi publicada em 2011 e foi a primeira da série a ser publicada aqui no Brasil pela Editora Arqueiro, e eu o tenho desde seu lançamento, por isso, esse é um dos livros mais antigos do Harlan que eu tenho. É um dos meus xodózinhos.

Com uma leitura fluida e envolvente, mais uma vez Harlan traz uma grande aventura intensa e cheia de reviravoltas do seu protagonista de maior sucesso. Além disso, ainda temos temas importantes abordados e tratados com muito respeito à todos os tipos de opiniões e conceitos de cada um. Além disso, também temos um contato direto com a dor de quem tem dificuldades para engravidar e o quanto isso machuca e muda uma mulher que sofre com problemas de fertilização. Harlan arrasou, como sempre, e eu sigo pensando se algum dia, vou ler algo desse homem e não morrer tanto de amores, quanto de agonia. Deixo minhas 5 Angélicas para Quando Ela Se Foi, com uma dorzinha no coração ao saber que a série está acabando.

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