[Resenha] Placebo Junkies: Piratas de laboratório

Redação

Depois que comecei a trabalhar nenhum livro me prendeu de uma forma que eu fiquei “omg preciso terminar logo essa história” até que comecei a ler Placebo Junkies e simplesmente senti a necessidade de devora-lo. A premissa, eu confesso, pode não atrair qualquer pessoa mas quando o leitor da uma chance eu posso garantir que irá se surpreender ao longo da leitura.

Audie é uma adolescente americana do tipo clichê se você esta falando sobre uma história com adolescente desestruturada. Para ganhar dinheiro ela “vende” seu corpo. Não, obviamente eu não estou dizendo que ela se prostitui e sim que ela é cobaia para testes farmacêuticos. Durante toda a história ela conta um pouco sobre como é ter essa profissão e o que isso tira das pessoas, seja a longo prazo ou não. Audie é uma personagem que até o leitor entende-la de verdade causa bastante confusão.

Eu acho que por mais que estivesse gostando da leitura e achando bem interessante a forma como a autora escolheu tratar do assunto eu ainda não estava compreendendo a personagem da maneira como eu deveria compreender, sabe o que eu quero dizer? O que realmente me fez gostar do livro no final foi a surpresa de, finalmente, entender a personagem e as pessoas ao seu redor da forma como elas realmente são.

Acha que o que eu estou escrevendo esta confuso? Pois imagine ler um livro inteiro narrado por uma personagem que esta sempre com algum remédio diferente nas veias. É difícil saber quando ela esta exagerando com algum sentimento, ou se ela realmente pouco se importa; até mesmo sobre sua atenção e pessoas com quem ela conversa. Tudo fica um pouco confuso e cada detalhe é importante para compreende-la.

Apesar do tema do livro ele se trata muito mais de um romance do que qualquer outra coisa. E eu não estou dizendo que é aquele tipo de livro YA em que existe o drama adolescente do amor. Muito pelo contrário, o livro esta tão longe disso que é difícil explicar sem dar spoiler. Mas Audie tem Dylan, um adolescente que ela conheceu no hospital em um dos experimentos.

Eles tem um bom relacionamento e ela planeja uma grande viagem para eles, na verdade sua maior desculpa para continuar “nessa vida” é o dinheiro para a viagem com Dylan. O relacionamento deles é todo lindinho e gosto da forma como eles combinam um com o outro e claro no quanto esse relacionamento é importante para o desenvolvimento da personagem sendo ele positivo ou negativo, dependendo do seu ponto de vista como leitora.

Somos pessoas com cadeiras vazias em nossos funerais.

É um livro bom de ser lido, que pode te despertar curiosidade para dois assuntos diferentes (sendo um deles bem óbvio pela premissa do livro) que são vistos com maus olhos pela sociedade mesmo nos dias de hoje. No final do livro a autora conta como foi a inspiração para a obra e achei muito legal, pois é uma realidade diferente da que vivemos mesmo que seja algo comum (ou seja: nós é que não prestamos atenção).

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