[Resenha] O Coração Assombrado de Stephen King, por Lisa Rogak

Goutyne
By Goutyne

Não é nenhum segredo que eu sou uma admiradora da obra de Stephen King, né? Acho ele um autor completo, com obras que falam sobre o terror do ser humano e dos monstros que nos assombram. Há algum tempo comprei a biografia não autorizada, lançada no Brasil pela Darkside Books, e achei que Setembro/Outubro seria conveniente ler, pois tivemos o aniversário do autor no dia 21/09 e o Mês do Halloween.

É de conhecimento publico que King teve problemas com drogas no inicio de sua carreira, o maior exemplo é a respeito de Cujo que ele nem se lembra de ter escrito a obra, e o próprio IT que tem passagens tão bizarras que é impossível pensar que uma pessoa sóbria escreveria aquilo. Nesta obra é possível ver as causas desse vício e suas consequências, já que por muitos anos o autor precisou lidar com o abandono de seu pai ainda na infância e a convivência com a mãe que viu batalhando para criar seus dois filhos sozinha.

Na infância ele tem uma vida muito difícil e pobre, e na escola não era um dos mais populares também, então por isso acabou enfiando as caras nos livros logo cedo e escrevendo coisas infantis, que sua própria mãe incentivava e pagava umas moedinhas por cada “livro” que ele escrevia. É uma pena saber que ela não pode ver o sucesso de seu filho, já que morreu pouco tempo depois de ele lançar seus primeiros livros, mas com certeza grande parte do seu sucesso é graças ao incentivo dela.

Eu sei que ele tem alguns livros falando sobre escrita, escrita criativa e todo esse processo e pelo seu modo de trabalhar, como é retratado aqui, eu penso que esse homem deveria  falar mais sobre isso, principalmente por ser uma grande inspiração para seus fãs, autores de terror e horror e aspirantes. Só a forma como ele pega uma única ideia e transforma em algo grandioso e, em certos momentos, aterrorizante, o cara já merece muito mais prêmios do que tem, já que poucos autores conseguem sempre sair de sua zona de conforto (vamos combinar que ele consegue se aventurar em praticamente qualquer gênero).

Você leva o seu lugar de origem para onde quer que vá.

Com certeza o que mais gostei de saber foi sobre sua família, já que eu não sou o tipo que fica pesquisando muito sobre isso no Google foi curioso ver seu relacionamento do Tabitha e como ela sempre o apoiou, desde que eles quase não tinham onde cair morto, até todo o uso do dinheiro da venda de um conto para comprar remédios para o filho doente e principalmente os anos que aguentou esse homem viciado em drogas.

E o mais bonito de tudo é como os filhos o admiram, mesmo tendo lembranças desagradáveis dele na infância, ainda assim os três sentem um amor pelo pai e isso é evidente quando dois de seus três filhos também se tornaram escritores.

O livro é de 2016, então me deixou curiosa com algumas coisas dos últimos anos da carreira dele, principalmente com tantas novas produções relacionadas ao autor e seus novos livros que tem uma pegada um pouco diferente do que ele costumava ser antes. Quem sabe um dia ele nos presenteie com uma autobiografia, né?

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