[Resenha] Notre-Dame: A História de uma Catedral

Redação

Uma catedral. Não é apenas um prédio histórico. Muitos interesses, fatos e curiosidades estão envolvidos na sua construção. Uma maravilha arquitetônica que fascina e serviu de inspiração para muitas obras literárias.

Ken Follett é um destes escritores, conhecedor do tema, que transformou o amor por esta construção em um romance que arrebatou milhões de leitores. Por isso, quando um incêndio de grandes proporções acometeu a Notre-Dame, na cidade de Paris, em abril de 2019, o autor falou sobre o ocorrido em diversos veículos de comunicação e, posteriormente, foi convidado por sua editora francesa para transformar o amor pela catedral em uma obra cujos direitos autorais seriam revertidos num fundo para a recontratação da Notre-Dame. Ele topou. E, agora, temos Notre-Dame: A História de uma Catedral, publicado aqui no Brasil pela editora Arqueiro.

Além de toda a comoção pelo incêndio e o afeto de Follett pela Notre-Dame, a obra narra a história por trás da construção da catedral ao longo do tempo e as suas reformas. Fala sobre o clássico O Corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo, que proporcionou grande visibilidade à igreja, movimentando turistas e peregrinos de todas as partes do mundo. O texto de Ken Follett mostra também a importância histórica da edificação. E, principalmente, reflete sobre o papel das catedrais, suas influências e como elas serviram de inspiração para um dos seus romances mais populares: Os Pilares da Terra.

Nunca havia lido nenhuma obra de Ken Follett antes, entretanto, a paixão que o autor colocou na escrita para falar da catedral me encantou. Inclusive, já coloquei Os Pilares da Terra na minha lista de próximas leituras. Mais do que um livro informativo em prol de uma causa, Notre-Dame: A História de uma Catedral envolve pelo texto, pelo amor colocado no papel. Acredito que, para os fãs do autor, se aprofundar nesse sentimento será o mais gratificante ao término da leitura

Notre-Dame: A História de uma Catedral é um livro curto, para ser lido em uma tacada só. Conhecimento acessível até mesmo para quem tem pouco tempo disponível. Uma obra que reforça a importância dos prédios históricos e da sua preservação.

Nessas horas, não tem como não lembrar do incêndio do Museu Nacional, aqui no Rio de Janeiro, em 2018, e comparar. A preocupação francesa com a história e com a cultura fará com que, em breve, eles consigam reerguer a Notre-Dame. Aqui, no entanto, as perspectivas não são muito animadoras. Infelizmente.

Termino esta resenha com uma uma foto da minha visita à catedral de Notre-Dame, em 2017, e um desejo de que ela, de fato, se reerga logo.

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