Eu já estava com três leituras em andamento quando comecei a ler Make Me Bad. Simplesmente o velho casa de uma ressaca literária durante a leitura. Pois bem… mais uma vez R.S. Grey conseguiu me tirar desse limbo com uma história divertida e apaixonante.
Madison é uma mulher espontânea, divertida e com um grande coração. Apesar do ar de inocência, a bibliotecária é bastante corajosa em seguir seus objetivos, assim como determinada e pé no chão. Maddie foi criada super protegida pelo pai e pelo irmão – ambos policiais – e junto com sua timidez, faz com que suas experiências no âmbito social sejam bem poucas. Por isso, ela conta com Ben para fazê-la sair da sua zona de conforto.
Ben é um homem bonito e charmoso, o que o torna um pouco intimidante. O advogado não é muito bem visto aos olhos da cidade (principalmente do chefe de polícia, pai de Maddie) por conta da sua família rica, mas vemos que Ben é um cara que passa longe de ser soberbo e só quer viver sua vidinha de boas. Ao lado de Maddie, vemos seu lado gentil e carinhoso, principalmente em relação à ela.
O pontapé inicial da relação entre Ben e Madison pode até ser um pouco brusco, mas o desenvolvimento do casal é ótimo como só a Grey sabe fazer. Juntos, os dois possuem uma ótima química e a dinâmica entre eles é bem divertida. A amizade que nasce entre os dois se torna um ponto de mudança na vida de Maddie. E é bem fofo ver Ben, mesmo se contrariando, se envolvendo e ajudando a moça em seus planos de se tornar “malvada”.
Durante o livro, os dois vivem uma espécie de amizade/flerte proibido, já que o pai de Maddie ODEIA Ben. É um tanto bizarro pensar numa mulher de vinte e cinco anos se encontrar com um cara escondido do pai, mas esses encontros clandestinos geram situações hilárias e fazem Madison ver a sua vida por outro aspecto. Os “desafios” que Ben propunha a ela fizeram ver que tudo dependia da sua vontade de sair da zona de zona de conforto e se arriscar.
Já é o quinto livro que eu leio da autora e percebi que, por mais os seus protagonistas tenham uma voz parecida, suas personalidades são completamente diferentes um dos outros. Não sinto como se estivesse lendo a mesma história mas com personagens diferentes. A escrita da Grey é muito divertida e fluída, cheia de referências atuais.
Inclusive, R.S. Grey é uma das poucas autoras que conseguem me envolver em um casal que demora mais da metade do livro para dar uma bitoca sequer. Seja enemies to lovers, friends to lovers, slow burn (como é o caso dessa história)… Você se vê envolvido com eles, torcendo por eles, e só querendo guardar o casal em um pote para proteger do mundo.