[Resenha] Escravidão – Volume 2: Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil 

Redação

Após o adiamento de Escravidão – Vol. 2, de Laurentino Gomes, por conta da pandemia, a aguardada continuação, publicada pela Globo Livros, chegou às livrarias em meados de 2021. A obra segue a vasta e importante pesquisa que o autor e jornalista fez sobre o tema. Ao todo, foram seis anos de trabalho, 12 países e três continentes percorridos, resultando em muita história para contar. 

Divisão da pesquisa

Todo o estudo sobre a escravidão feito por Laurentino será dividido em três livros. O primeiro volume, publicado em 2019, retrata do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares.

Neste segundo livro, Laurentino concentra-se no século XVIII. O período do auge do tráfico negreiro no Atlântico, motivado pela descoberta das minas de ouro e diamantes no Brasil e pela disseminação do uso intensivo de mão de obra cativa na América.

O terceiro e último volume, com lançamento previsto para 2022, vai abordar o movimento abolicionista, o tráfico ilegal de escravos, a abolição da escravidão no século XIX e o seu legado.

Características

Toda obra de Laurentino Gomes é uma aula arrebatadora de História, daquelas que você anseia pelos próximos acontecimentos. Escravidão – Vol. 2 não foge à regra. O autor narra os fatos com uma linguagem objetiva, tirando o rigor dos textos acadêmicos e, com isso, tornando a informação mais acessível para o público.

Outra característica do autor é buscar trazer os mais diversos pontos de vista sobre um fato, o que acaba enriquecendo ainda mais o seu trabalho. Eu admiro muito a forma como Laurentino narra os acontecimentos históricos. Sempre fico completamente envolvido. Adoro esta mistura de investigação jornalística com História.

Aprendizado e reflexões

Por mais  que eu ame História, acabo sempre me deparando com algum conhecimento novo. Em Escravidão – Vol. 2, pela primeira vez, comecei a ter um pouco de noção da complexidade política da África, diversidade das regiões e questões religiosas. Sempre tive dificuldades com esta temática, porém, após a leitura, tudo começou a fazer sentido. Apesar disso, reconheço que ainda tenho um longo caminho a percorrer.

Como falei na resenha do primeiro volume, a escravidão é um assunto de extrema relevância. Entender o que aconteceu no passado é fundamental para pensar no Brasil de hoje. Precisamos nos informar, debater e lutar por políticas públicas que visem a inclusão e a reparação histórica aos negros.

Que venha o terceiro e último volume da série!

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