Eu sou uma pessoa muito traumatizada com a dona Sineia Rangel. Os dois livros que já havia lido escritos por ela foi só sofrência e desgraçamento. Apesar dela me garantir que Café com Amor era amorzinho, eu ainda ficava com um pé atrás porque né.. Sempre bom a gente estar preparado pra tudo. Realmente Café com Amor é bem amorzinho.
Claramente eu me identifiquei com Maria e suas inseguranças ao ir morar em outro país sozinha. Assim como me identifiquei com a língua afiada da bailarina, sempre com uma resposta na ponta da língua e preparada para dar passa-fora em uma galera bem invasiva. Sim, Nicolai, estou falando com você! E quando você vai esquecendo que Maria é só uma adolescente de 17 anos, Sineia te relembra com alguns momentos bem confusos e decisões importantes nessa idade, como relacionamentos.
Eu demorei e muito a gostar do Nicolai. Sim, ele é um cara legal, engraçado, muuuuito compreensivo (ganhou altos pontos), presente, mas tem defeito que euzinha não suporto nas pessoas. Eu achei Nicolai um tanto invasivo do espaço pessoal da Maria e em certos momentos eu me sentia incomodada por ela. Dá vontade de falar “migo, tu não aprendeu a respeitar o espaço dos outros não?”, seguido de uns tabefes claro.
Com certeza o melhor do livro são os diálogos entre Maria e Nicolai. Até os dois ficarem juntos, haja chão e corte. Sineia soube desenvolver o relacionamento entre os dois de forma bem simples e fofa, mas baseado em muita resposta atravessada que poderiam muito bem ter saído da minha boca. Quando eles ficam juntos, você já pensa “acabou e eles viveram felizes para sempre”, porém dona Malévola me enganou direitinho. Sim, galera, podem respirar aliviados que eles ficam juntos sim, porém o final final do último capítulo foi de uma forma tão diferente e original que entrou para lista de melhores finais de romances da vida.
Durante o livro, vemos o quanto a família de Maria é importante na sua vida. Seus irmãos – principalmente Fera – são seus melhores amigos. Seus pais – Hannah e JP – apoiam suas decisões e, no máximo, a aconselham quando ela pede ajuda. (Apesar de JP ser um pai bastante coruja e um tanto psicótico quando se trata de garotos) Ou seja, sua família é o porto seguro de Maria, para onde ela sempre corre quando se sente perdida e confusa.
Como coloquei na ficha técnica, Café Com Amor faz parte da série Família Allencar, assim como Rafani e Deixa Dizer Que Te Amo. Exceto pela trilogia Paixão Sustenida, você pode ler os livros em qualquer ordem. OK que claramente você pode pegar um spoiler aqui, outro ali, mas por experiência própria, não influencia e nem estraga a leitura.
Café com Amor é realmente um amorzinho. Se você, assim como eu, é viciado em café, sugiro a ler com um grande estoque do lado pois a obsessão de Nicolai vai passar pra você.