Depois de toda a montanha-russa de sentimentos que foi Paixão Sustenida, Borboletas na Janela foi uma leitura também emocionante, porém sem estourar a paciência. Logo no prólogo você sabe que a leitura vai ser daquelas de apertar o coração e não foi diferente.
A história é narrada em primeira pessoa, com capítulos alternados entre Miguel e Leon. Nos capítulos narrados por Miguel, vemos o quanto ele sofre ao saber que sobre o filho que não sabia que existia e foi entregue a adoção e sua busca pela criança. E quando o encontra, vemos um Miguel paciente e esperançoso para que seu filho o aceite na sua vida.
Leon é uma criança que amadureceu muito cedo, visto as situações que a vida o fez passar. Encontrou em Elena a família que ele achou que o havia abandonado e sua prioridade na vida é proteger a garota. Quando Miguel entra na sua vida, entendo bem sua desconfiança. Afinal, como acreditar que ele não sabia que tinha um filho? Mas aos poucos, o garoto vai derrubando suas paredes e aceitando a nova família que o acolheu.
Elena é aquilo que todos passaram o livro se referindo: um anjo na vida de Leon. Consciente do seu destino, a menina não deixa a vida abatê-la e é uma das responsáveis por fazer Leon perceber a sorte que teve ao reencontrar seu pai. Larissa, que um exemplo de mulher. Mesmo sofrendo, soube se afastar da vida de Miguel para que ele decidisse o que realmente queria e foi seu maior apoio na busca por Leon.
Interessante foi ler esse livro depois de ter lido os primeiros trabalhos da Sinéia (Paixão Sustenida) e perceber o quanto sua escrita evoluiu ao longo de suas histórias, mas mantendo a mesma fluidez mesmo com assuntos delicados e emocionantes. O que mais gosto nas suas histórias é ver que ela realmente faz toda uma pesquisa e estudo sobre os assuntos a serem abordados.
Borboletas na Janela fala sobre família, segunda chances e sobre aproveitar quando aparece na vida a oportunidade de abrir suas asas e voar.