[Resenha] Black Hammer 4: Era Da Destruição – Parte 2

Redação

Eu pisquei e já chegamos no final de Black Hammer? Me assustei quando soube que este era o último volume da saga, e um misto de sentimentos tomou conta de mim, empolgação por saber o destino dos personagens e ao mesmo tempo a tristeza de ter que me despedir deles. Apesar de poucas ressalvas, o desfecho foi muito satisfatório e fez a jornada de acompanhá-los valer à pena.

Se você ainda não deu início a essa história, nos despedimos agora. No blog têm resenhas de todos os volumes, então não fique só na vontade. Aos que chegaram até aqui porque também estão curiosos para saber sobre o desfecho do quadrinho, a resenha irá conter alguns spoilers dos volumes anteriores.

No terceiro volume de Black Hammer, descobrimos os segredos que mantinham os ex-heróis presos em um lugar fora dos limites do tempo. Todas os mistérios e estranhezas se concretizaram numa cidade ilusória, criada por Madame Libélula. É claro que os demais personagens não reagiram muito bem a esse segredo e exigiram liberdade para poder enfrentar novamente o antideus. Dessa forma, o quadrinho terminou em um cliffhanger daqueles!

No início deste último volume, tudo estava muito confuso. Eu precisei reler o final do último quadrinho, mas mesmo assim as coisas não faziam sentido. O primeiro fascículo é focado em Coronel Weird, um dos meus personagens favoritos, e sem surpresa ele se mostrou nebuloso, psicodélico e fora da caixinha – tão fora que tivemos uma quebra da quarta parede ali, com histórias dentro de outras histórias.

Depois disso, tivemos um vislumbre dos personagens em uma nova realidade, como se eles fossem pessoas normais e com vidas normais, sem o conhecimento de que eles um dia foram super-heróis. Por esse motivo se deu a minha confusão, porque não entendi o que estava acontecendo. Eles estavam tendo uma nova chance? E o antideus?   

Quando soube que este quadrinho encerraria o primeiro arco de Black Hammer, imaginei uma grande batalha épica, uma retaliação por todos os anos que os heróis passaram trancafiados na fazendo. Porém, conhecendo Jeff Lemire e sua série, confesso que me equivoquei. Dessa forma, acredito que Black Hammer poderá agradar e desagradar na mesma proporção. Se você levar em consideração tudo o que foi criado até aqui, como a história sempre focou no desenvolvimento dos personagens e não nos seus feitos heroicos, não se surpreenderá com o anticlímax do final.

Ao meu ver fez todo o sentido e me deixou muito satisfeita com o desfecho, principalmente com o quão fiel o autor se mostrou com seus próprios personagens, porque desde sempre essa foi uma história sobre eles, com o foco na construção e evolução deles.

Entre a quebra da expectativa, um final que me deixou satisfeita e ao mesmo tempo triste por ter que me despedir dos personagens, Black Hammer encerra uma jornada breve, mas que foi muito bem construída. É a primeira série de quadrinhos que finalizo, então toda a junção desses elementos faz dela muito especial para mim. É por isso que recomendo Black Hammer para todo mundo, fãs de quadrinhos e super heróis, que com certeza irão se deliciar com as referências e homenagens que o autor faz à outras histórias, mas indico também aos iniciantes desse universo, porque o quadrinho instiga e não assusta pela quantidade de volumes.

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