[Resenha] A Tecelã do Céu: 3

Redação

Seguindo o que foi apresentado nas histórias anteriores, em A Tecelã do Céu as personagens principais são “novas” e a trama focada nelas tem como apoio os personagens dos livros anteriores.

Safire já é uma personagem conhecida desde o primeiro livro, quando ainda era a princesa mestiça agredida física e verbalmente. Agora, a princesa se tornou capitã da guarda real e ela é a melhor nisso.

Eris é a novidade da história, uma garota de 18 anos, magricela e de cabelos prateados. Ela é conhecida como a Dançarina da Morte, uma ladra que tem poderes, que consegue roubar qualquer coisa em qualquer lugar e que desaparece diante dos olhos dos inimigos.

A história começa com a Dançarina da Morte indo executar uma missão, roubar uma joia do tesouro real de Firgaard. Eris executa o roubo com sucesso e decide voltar a cena do crime para roubar mais coisas, nesse momento acaba esbarrando em Safire que a princípio a considera apenas mais uma soldat, mas logo descobre que cometeu um erro. Inicia-se então um jogo de gato e rato entre as duas e o flerte se torna algo comum entre elas.

Eris recebe uma nova missão, sequestrar a Namsara (Asha, a ex-caçadora de dragões, ex-iskari, princesa de Firgaard) e entregá-la ao seu mestre, o pirata Jemsin. E como recompensa por esse trabalho, a Dançarina da Morte ficaria livre para sempre, ou tão livre quanto possível já que a imperatriz das Ilhas da Estrela havia declarado a garota como inimiga da Tecelã do Céu.

E então, mais uma vez, a ladra e a comandante entram em conflito. Eris precisa sequestrar Asha para conseguir sua liberdade e Safire precisa proteger sua prima amada.

O desfecho da história é cheio de surpresas e fortes emoções (sim, escorreu uma lagrima aqui). No fim, os núcleos das histórias passadas também “aparecem” para encerrar os fiapinhos (ênfase no inho) que haviam ficado em aberto.

Nesse livro os capítulos são alternados entre o ponto de vista de Safire e Eris, entre um capítulo e outro é contada a história de um amor proibido entre o Deus das Sombras e uma mortal. Não se engane caro leitor, a história do Deus e da mortal é importantíssima para a trama e acaba dado pistas do que está por vir…

A ligação entre os livros nessa trilogia acontece de forma superficial e a todo momento os fatos principais são relembrados, então tudo bem se você não se lembra de todos os mínimos detalhes para iniciar a leitura do livro seguinte, até porquê A Tecelã do Céu é uma história completa, com começo, meio e fim.

A trilogia Iskari é uma ótima opção para quem esta em busca de novos estilos literários e ainda não teve muito contato com fantasias e aventuras épicas. Cada livro aborda um tema fantástico diferente: dragões no volume I; espiritualidade e rituais funerários no volume II; e deuses no volume III. A escrita é bem fluida, tornando a leitura fácil e prazerosa (ainda não está pront@ para mergulhar nas histórias do Tolkien ou G.R.R. Martin? Tudo bem, Titia Kristen resolve).

Em 2019 pude participar de um encontro com a autora, Kristen Ciccarelli e ela disse que a trilogia Iskari seria realmente uma TRILOGIA. Mas, por se tratar de uma história com tantos personagens carismáticos e possíveis novos núcleos, a esperança de novas histórias sobre Firgaard surgirem um dia, seguem firmes e fortes – risos.

Aqui no Brasil a trilogia foi lançada pela Editora Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras e os livros estão disponíveis para compra no formato físico e digital.

Compartilhe Este Post
Follow:
Goutyne, curiosidade e conhecimento! explore o mundo sem sair do sofá. Vamos explorar!