Recentemente a convite da Editora Madrepérola eu fiz a releitura do livro A Fazenda dos Bichos (ou A Revolução dos Bichos) para rememorar essa fábula e apreciar a nova tradução da premiada autora Maria Valéria Rezende. Claro que aproveite esse momento para também resenhar o livro, já que da primeira vez que fiz a leitura estava um pouco offline do blog.
Tem coisas sobre A Fazenda dos Bichos que todos sabem, ou pelo menos já ouviram falar. Todo o seu teor politico e a forma alegórica de recontar a história da Revolução Russa através de uma fabula onde cada animal representa algo ou alguém.
Particularmente não pretendo focar o post nesse aspecto, mesmo que facilmente consigamos transpor toda ou parte da trama para a politica brasileira. Vai dizer que o porco Napoleão não se assemelha muito ao inominável presidente?
Que as ovelhas que repetem o lema “Quatro pernas é bom, duas pernas é ruim.” até o momento que são conduzidas a repetir um novo lema não são como os minions? Ainda que originalmente essa história seja uma forma de falar contra o autoritarismo Russo, ela pode se encaixar em qualquer governo que seja manipulador e autoritário.
O Homem jamais serve aos interesses de nenhuma outra criatura, senão dele mesmo.
Particularmente gosto muito desse livro por ser uma leitura simples em qualquer idade e que provoca diferentes pensamentos, opiniões e criticas. Nesta segunda leitura eu não estava preocupada em entender exatamente o que cada personagem ou cada classe de animal representava na critica do autor.
Acabei curtindo mais a história pelo que ela é e fazendo paralelos com a minha realidade, aqui no Brasil do século XXI. Acredito que um leitor, ou uma leitora, sem preocupações politicas pode só ver essa como uma história de animais com características humanas e nada mais.