[Resenha] A Chama de Ember

Redação

Depois de arrebatar milhões de leitores com as sagas A Maldição do Tigre e Deuses do Egito, Colleen Houck traz ao público uma nova abordagem para o folclore em torno da origem do espírito de Halloween. Em A Chama de Ember, publicado pela editora Arqueiro, embarcamos em uma aventura fantástica, repleta de romance, a um mundo de seres mágicos e cheio de mistério.

Ember O’Dare, uma insistente bruxa de 17 anos, há tempos, vem tentando cruzar o portal e adentrar em uma dimensão proibida. Mesmo após diversos alertas do lanterna Jack – um humano que, após um pacto com o demônio, foi condenado a servir por toda a eternidade como guardião em uma entrada do reino imortal -, a jovem permanece irredutível.

Até que, um dia, com a ajuda de um misterioso vampiro, Ember consegue enganar o guardião  e entrar neste novo mundo. Assim, Jack começa uma busca para resgatar a jovem antes que os universos terreno e sobrenatural entrem em colapso e se tornem um caos.

A Chama de Ember é uma fantasia que mescla aventura, magia e romance. Acredito que, dentro do contexto da origem do Dia das Bruxas, que é a proposta do livro, entrar um pouco no terror – explorando o medo que os personagens sobrenaturais provocam em nós mortais – seria uma forma mais assertiva e atraente de narrar a trama da jovem bruxa.

Sem deixar, obviamente, a leveza da literatura jovem adulto do texto. Esperava que a obra tivesse uma pegada mais “dark”. Talvez, esta tenha sido a minha maior frustração.

A narrativa, de fato, é repleta de mistérios e reviravoltas. Uma aventura alucinante, que cumpre a promessa de uma viagem rumo ao desconhecido. Mesmo sendo uma leitura envolvente, tive a sensação de que Houck não soube lidar com um livro único, muitos personagens, tramas e tal. Ficou um pouco confuso e corrido, principalmente no final.

O três personagens apaixonados por Ember também cansaram um pouco, uma vez que as três tramas amorosas não foram tão bem desenvolvidas.

Apesar dos percalços, é louvável o trabalho de Colleen Houck de se apropriar deste folclore do Halloween para narrar a trajetória de Ember. Uma visão bastante interessante sobre a origem da festividade.

Em A Chama de Ember, a autora esbanjou criatividade (característica que considero de suma importância, ainda mais na literatura fantástica), principalmente na concepção do Outro Mundo, com uma intrigante associação da tecnologia com a luz da bruxaria. É surpreendente!

A Chama de Ember é uma aventura que vai encantar principalmente aqueles leitores que adoram romance, magia e descobertas. Uma leitura repleta de ação e criatividade, que vai prender o público do começo ao fim.

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