Protetor solar: 10 erros e mancadas mais comuns ao passar

Goutyne
By Goutyne
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Parece óbvio onde devemos aplicar o protetor solar, não é mesmo? Mas sempre sobra um cantinho… Um estudo da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, revelou que as pessoas se esquecem de passar o filtro solar em cerca de 10% do rosto, por exemplo.

Algumas das partes mais ignoradas: a ponta do nariz, o canto interno dos olhos e, nos homens com calvície, a própria careca. Também há os locais de difícil acesso, como as costas, que sofrem com as queimaduras. Ocorre que não dá para descuidar.

Os raios ultravioleta UVA, que penetram profundamente na pele e podem levar ao surgimento de câncer, e os UVB, que nos atingem superficialmente e geram as queimaduras, não dão trégua aos esquecidos.

1. Economizar na quantidade do protetor solar

Precisamos de 2 miligramas de protetor solar para cada centímetro quadrado de pele. No papel, a fórmula é simples, mas quem consegue fazer a conta? O jeito é calcular por colheres: uma de sopa para o tronco, outra para as costas, além de uma para cada perna e braço. Já no rosto e na nuca, basta uma colher de chá.

Sem se esquecer de reaplicar, viu? “Um tubo de 200 gramas deve durar cerca de seis aplicações no corpo todo”, calcula a dermatologista Valéria Marcondes, de São Paulo.

2. Apostar somente em hidratantes e maquiagem

Confira o rótulo dos cosméticos que dizem ter proteção solar. Eles possuem FPS, que barram os raios UVB? E PPD, indicado contra raios UVA? Se faltar algum dos dois, você ainda vai precisar do seu filtro regular.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem uma classificação para os produtos com FPS que não são considerados protetores solares de fato — são os multifuncionais. “É preciso tomar cuidado, pois eles não contam com uma blindagem para UVA adequada. A indústria é obrigada a advertir sobre isso na embalagem, mas o consumidor nem sempre lê”, alerta Portilho.

Em resumo, o filtro sempre tem FPS e PPD; já os multifuncionais contam só com FPS, deixando você exposto aos raios cancerígenos. Para usar os cosméticos com segurança, os médicos orientam não abrir mão do filtro clássico.

3. Não reaplicar após algum tempo

Quando finalmente encontrar seu lugar (seguro) ao sol, lembre-se de que a proteção não é eterna: o intervalo recomendado para reaplicar o filtro é de duas em duas horas, pois ele vai sendo absorvido pela pele e seu efeito se torna cada vez mais fraco.

Esse intervalo é ainda menor para quem entrar na água ou estiver transpirando bastante. Nesses casos, repasse o protetor assim que houver oportunidade. E atenção: um FPS maior ou menor não influencia no tempo de reaplicação — a regra é a mesma para todos os produtos.

4. Passar o filtro depois de sair de casa

O sol não espera você chegar à praia (ou a outro local) para queimar. Por isso, é bom já pisar na rua protegido. E, se o trajeto for longo ou você colocar uma camiseta que depois vai tirar, o ideal é reaplicar o produto assim que alcançar o destino.

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“A transpiração ou o contato da pele com o tecido da roupa podem remover parte do protetor”, justifica Portilho. E não precisa esperá-lo fazer efeito: “É lenda que o produto só funciona 15 minutos após a aplicação. As moléculas estão ativas dentro do tubo”, garante o farmacêutico.

5. Não levar em conta seu tipo de pele

Pele seca, oleosa ou mista? Não importa: no mercado não faltam produtos para cada um desses perfis. Converse com um especialista sobre a opção mais adequada para você, já que a versão errada pode prejudicar a aparência e a saúde da cútis.

O bate-papo também ajuda a realizar a melhor escolha em termos de FPS. “Para quem tem a pele mais clara, recomenda-se um FPS de 50 para cima. Peles morenas e negras também devem ser protegidas, mas o fator pode ser 30”, exemplifica Valéria.

Fontes: Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sergio Setsuo Maeda, endocrinologista da Universidade Federal de São Paulo; Valéria Marcondes, dermatologista de São Paulo.

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