Por que os policiais americanos adoram comer donuts?

Goutyne
By Goutyne
Por que os policiais americanos adoram comer donuts

A relação dos policiais americanos com os donuts é um dos estereótipos mais bem estabelecidos. Você já deve ter visto em vários filmes alguns policiais com excesso de peso comendo donuts com glacê e bebendo um café bem quente. Mas você já se perguntou como tudo isso começou? Afinal, por que os policiais americanos são tão associados aos donuts?

Obviamente, essa ideia pode ser considerada um estereótipo, pois nem todo policial nos Estados Unidos é necessariamente um fanático por donuts. Ainda assim, há um certo teor verídico por trás disso, como veremos ao longo deste artigo.

O surgimento do estereótipo dos policiais comedores de donuts

De acordo com um artigo do Atlas Obscura, a força policial americana ganhou sua associação com os donuts em meados da década de 1950, quando os policiais de patrulha passaram a focar seus trabalhos em períodos noturnos.

Nessa época, as opções de restaurantes para abertos durante a madrugada nem sempre eram abundantes. Por conta disso, os policiais viram que precisavam encontrar um estabelecimento confiável onde pudessem estacionar suas viaturas e comer algo, sendo que as lojas de donuts logo provaram ser a opção mais viável.

Dito isto, não demorou muito para que eles percebessem que a combinação entre donuts e café fornecia o impulso açucarado de cafeína necessário para a sobrevivência ao turno da noite. Também vale destacar que, nesta mesma época, franquias como Krispy Kreme e Dunkin ’Donuts se expandiram por todo o país, tornando os donuts ainda mais fáceis de serem encontrados.

O fato de as lojas de donuts abrirem tão cedo (ou ficarem abertas até tarde) fez delas o lugar perfeito para as paradas dos oficiais de patrulha. Além disso, o donut não é um alimento reconfortante e bastante apetitoso para esses profissionais que trabalham diretamente na linha de frente de conflitos.

Preço baixo dos donuts também atraiu o interesse dos policiais

Também é importante mencionar que os donuts costumam ser muito baratos em todo o território norte-americano. Por questões regulamentares, os policiais não devem aceitar presentes durante o serviço, então faz sentido que eles prefiram gastar o dinheiro disponível para o lanche em algo acessível.

O mais interessante disso tudo é que os donos das lojas de donuts passaram a tentar atrair os policiais para os seus estabelecimentos. Em sua autobiografia, o fundador da Dunkin ’Donuts, William Rosenberg, afirmou que queria garantir que as franquias fossem “lugares hospitaleiros para os policiais, pois eles forneciam proteção às lojas”.

De acordo com a revista Time, à medida que as opções de restaurantes abertos até tarde da noite se expandiram, os policiais americanos passaram a ter a opção de comer outras coisas, mas o estereótipo permanece na mente da população até hoje, especialmente por conta da própria cultura pop.

Uma palavra final

Como você pode ver, toda essa associação entre os policiais americanos e os donuts teve início com as poucas opções de lanches disponíveis nas madrugadas dos anos 50. Na prática, os homens da lei da época só tinham duas opções: levar o próprio lanche para o trabalho ou se encher de donuts. Obviamente, a última alternativa provou ser muito mais conveniente.

Curiosamente, com o passar do tempo, essas guloseimas também vieram a ser usadas como uma metáfora para representar abuso de poder, preguiça e corrupção, bem como um meio de zombar de um determinado subconjunto da comunidade de aplicação da lei. Na maioria das vezes, porém, os policiais até entram na brincadeira e abraçam o estereótipo.

No fim das contas, talvez o fato mais importante a ser considerado é que os donuts têm servido como uma forma de fazer uma profissão intimidante parecer um pouco mais identificável.

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