Por que o homem nunca mais voltou à Lua?

Goutyne
By Goutyne
Por que o homem nunca mais voltou a Lua

No dia 20 de julho de 1969, a NASA conseguiu aterrissar com segurança a Apollo 11 na Lua, carregando os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin. Até 1972, a NASA completou 6 pousos tripulados em solo lunar, levando um total de 12 astronautas até o satélite natural da Terra. No entanto, desde o fim do Programa Apollo, o homem nunca mais voltou a pisar na Lua.

Quando Armstrong fincou a bandeira americana na superfície da Lua, o mundo imaginou que o próximo passo seria construir uma base lunar. De fato, muito se falou na época que o homem faria constantes viagens exploratórias até o satélite, mas não foi o que aconteceu.

Consequentemente, isso abriu espaço para o surgimento de várias teorias conspiratórias, mas a verdade é que o homem nunca mais voltou à Lua por questões econômicas e políticas, como veremos ao longo deste artigo.

A principal razão pela qual o homem nunca mais voltou à Lua

Primeiramente, é importante deixar claro que, na época do Programa Apollo, a União Soviética e os Estados Unidos disputavam o poderio do espaço na chamada Corrida Espacial. Dito isto, após “vencer” os soviéticos em 1969, não havia mais nada para provar por parte dos americanos. Na prática, a Corrida Espacial sempre foi sobre o domínio e o controle do mundo e da tecnologia, e era só isso que os EUA visavam.

Para se ter uma ideia, o então presidente John F. Kennedy deixou isso claro ao declarar: “Tudo o que fazemos no espaço deve ser vinculado a chegar à Lua antes dos soviéticos”. Como a Guerra Fria estava em seu apogeu, as vantagens tecnológicas e estratégias políticas eram as principais armas do momento, deixando até mesmo as próprias questões científicas de lado.

Como essa “guerra” não foi travada em campos de batalha, mas em laboratórios e centros de pesquisas, ela não significava mais nada para o mundo após a chegada do homem na Lua, pois o senso de desperdício de recursos passou a falar mais alto. Em outras palavras, mandar alguém para a Lua novamente demandaria um investimento bilionário totalmente desnecessário.

Como se isso não fosse o bastante, os riscos políticos de voltar à Lua são considerados altos e só pioraram nas últimas décadas. Alguns planos já chegaram a ser esboçados pela NASA, mas à medida que os investimentos necessários disparavam na folha de orçamento, os projetos acabavam sendo abandonados.

Tecnologia atual é mais avançada, mas isso não justifica um retorno à Lua

Como você já deve presumir, a tecnologia do mundo atual é bem mais avançada em relação aos computadores do fim da década de 1960, mas essa é apenas uma parte pequena do esforço necessário para levar o homem para a Lua. Hoje há, por exemplo, uma preocupação maior com a saúde dos astronautas que estariam envolvidos e até mesmo com o lixo produzido por um projeto desta escala.

De acordo com a Forbes, para chegar ao espaço, é necessário naves que não tenham que descartar seus módulos, visto que isso despejaria no mar um esforço de bilhões de dólares depois que alcançassem o espaço. Para isso, o projeto precisaria ser ainda mais complexo, o que demandaria tempo e toneladas de dinheiro.

Vale mencionar que, apesar de todas as 17 missões Apollo, o pouso lunar nunca foi feito para ser repetido. Segundo o MIT Technology Review, o projeto original de pouso foi estabelecido durante uma corrida, então não foi feito para ser eficiente. De fato, foram usados vários “atalhos” que deram origem a cadeias de abastecimento nada sustentáveis, o que é algo impensável no mundo moderno.

Uma palavra final

Por fim, vale frisar que para qualquer retorno do homem à Lua fazer sentido nos dias atuais, seria necessária uma base lunar que, segundo o Yahoo Finance, custaria um valor na casa dos US$ 100 bilhões para ser construída. Além disso, manter 4 astronautas na base custaria US$ 36 bilhões por ano!

Com todos esses valores absurdos em mente, fica fácil de entender por que nenhum líder político quer ter o seu nome associado a um empreendimento que pode ser catastrófico para a economia de qualquer país, sobretudo em tempos de tantas tensões e incertezas monetárias.

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