Os dias de WhatsApp completamente livre de anúncios podem estar chegando ao fim. Um dos apps mais populares do planeta, o WhatsApp vai mostrar anúncios em breve, numa tentativa de monetizar a plataforma e deixar os seus acionistas mais felizes.
Os trabalhos para a implementação da publicidade dentro do aplicativo foram intensificados com a saída de. Jan Koum, cofundador que deixou a empresa em abril – outro cofundador, Brian Acton já havia saído em 2017.
A dupla se opunha ao uso de anúncios e defendia com forças a privacidade de dados dos usuários do aplicativo, protegida pela criptografia de ponta a ponta (esta não está em xeque).
Quando foi comprado pelo Facebook por US$ 22 bilhões em 2014, o. WhatsApp era um aplicativo pago e chegou a oferecer seu serviço com uma taxa de anuidade.
Em 2016, a ferramenta virou totalmente gratuita, sem uma fonte de renda. Desde então, a rede social tem quebrado a cabeça para saber como faze…
Quando os criadores do serviço, Jam Koum e Brian Acton, fundaram o. WhatsApp, ambos se mostravam radicalmente contra a colocação de anúncios em qualquer uma das telas. Mesmo depois que o serviço foi vendido ao Facebook esse pensamento continuou o mesmo, apesar de críticas de alguns acionistas.
Os Status, os Instagram Stories do WhatsApp, foram o caminho pensado pela empresa para tirar uma graninha. Também nesta semana, em reunião com investidores sobre os resultados do trimestre do Facebook, a chefe operacional. Sheryl Sandberg informou que o plano é introduzir essas propagandas em 2019.
O ex proprietário do WhatsApp
“Eu fiz uma escolha e tenho um compromisso com os usuários e convivo com isso todos os dias”. Destacou Brian Acton enquanto ainda era o proprietário majoritário do WhatsApp. Uma das condições para que o aplicativo fosse vendido para o. Facebook posteriormente foi a de que esse compromisso fosse mantido – e enquanto ele esteve por perto, o acordo foi cumprido.
Agora que ambos os fundadores deixaram definitivamente a companhia, o mais provável é que as coisas mudem de rumo, e os anúncios são o primeiro aspecto dessa nova era do WhatsApp sem os seus fundadores. Os investidores e acionistas veem essa iniciativa com bons olhos e esperam que o público se acostume com a novidade rapidamente.
Inicialmente, a expectativa é que os anúncios sejam mostrados apenas na barra de status do WhatsApp. A proposta é que eles sejam similares àqueles já exibidos no Instagram e no próprio Facebook. Ou seja, ao menos por enquanto, tudo será feito de uma forma pouco invasiva, mantendo a experiência original na parte principal do serviço.
As mudanças mais significativas devem ser percebidas somente se o Facebook decidir adicionar anúncios às conversas. Além do sério risco que de que haja um comprometimento no visual – e consequentemente na experiência de uso. Especialistas apontam que essa característica pode abrir brechas de segurança.
Assim, tudo dependerá de como os usuários responderão à estratégia da empresa. Se os anúncios se tornarem um incômodo a tendência é que os usuários comecem a deixar o app.
Ou seja, para a empresa, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio entre agradar os usuários e monetizar o aplicativo a ponto de as coisas continuarem valendo a pena – ao menos do ponto de vista dos acionistas.
Quando os anúncios começarão a ser veiculados?
Essa é uma resposta que ninguém tem no momento. O Facebook sinalizou apenas as suas intenções e destacou que internamente começou a rodar alguns testes relacionados a essa possibilidade. Dessa forma, é possível que os alguns usuários comecem a perceber os anúncios no. Status ao longo dos próximos meses, ainda que em versão beta.
A boa notícia é que essas mudanças serão percebidas primeiramente em outros sistemas operacionais, já que no Android elas só começarão depois. Ou seja, quem usa um smartphone com o sistema operacional do Google, certamente tem pela frente pelo menos mais seis meses de uso do. WhatsApp completamente livre de anúncios.