Pesquisa revela os hábitos que prejudicam o sono dos brasileiros

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By Goutyne
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Um estudo concluiu que 74% dos brasileiros têm problemas relacionados ao sono e 50% dos pesquisados disseram que a pandemia afetou diretamente na qualidade do sono diário. O levantamento foi feito pela Royal Philips e uma análise feita pela Vigilantes do sono foi mais além: os pesquisadores concluíram que estes fatores aliados à má alimentação vem piorando o sono de pessoas em todo o país.

“O sono é uma das coisas mais importantes que todos podemos fazer nesta noite para melhorar nossa saúde, nosso humor, nosso bem-estar e nossa longevidade”, explica a pesquisadora Rebecca Robbins da fundação norte-americana National Sleep Foundation.

Um levantamento, feito pela startup Vigilantes do Sono, avaliou 70 mil noites de sono registradas por mais de 6 mil pessoas que utilizaram o programa digital, e concluiu que consumir refeição pesada perto do horário de dormir aumenta em média 44 minutos o tempo que a pessoa permanece acordada na cama sem dormir. Isso acontece porque o organismo dá prioridade à digestão e não ao sono.

Outros fatores

Sobre o consumo de cafeína, o estudo concluiu que, ao ingerir a bebida até cinco horas antes de dormir, a pessoa fica em média 42 minutos a mais na cama e acaba dormindo 12 minutos a menos. Já sobre o consumo de bebidas alcoólicas, as informações da Vigilantes do Sono afirmam que o álcool possui um efeito negativo que perturba a qualidade do sono, o que faz as pessoas acordarem mais cansadas e com menos disposição.

“Ao consumirmos alimentos mais pesados e bebidas mais energéticas antes de dormir o nosso corpo adquire um estado de alerta, quando na realidade deveria estar se preparando para adormecer, no caso da cafeína ela ainda atua com uma energizante e pode desregular o relógio biológico”, esclarece Laura Castro, sócia e diretora de psicologia na Vigilantes do Sono.

Ainda segundo Laura, a cafeína por ser uma antagonista da adenosina (molécula que seu corpo identifica que seu corpo está cansado), engana seu corpo, fazendo pensar que ainda não está cansado e, desse modo, desestimulando o sono. 

“A cafeína também atrasa em 40 minutos a produção de melatonina, que controla nosso relógio biológico, quase a metade do retardo causado pela exposição à luz brilhante, retardando consequentemente o período de sono”.

Mas a cafeína nem sempre é vilã

Laura Castro esclarece que a cafeína nem sempre é uma vilã contra o sono. “Ela pode ser importante ao ajudar a enfrentar o “jet lag” das viagens intercontinentais, e muitas vezes ser uma aliada quando praticada a técnica de restrição de sono, de forma a ajudar uma pessoa a aguentar a sonolência até o período adequado de ir para a cama”, explica ela.

O álcool por outro lado, não é estimulante como o café e, por isso, muitos têm o costume de beber algo para pegar no sono mais fácil.  “O problema aqui é que existe um efeito rebote. O álcool desregula o sono, atrapalhando principalmente a segunda metade da noite. Em nossa pesquisa vimos que mesmo as pessoas passando mais tempo dormindo, elas alegam acordar mais cansadas e com menos disposição”, diz Laura.

Isso acontece porque o álcool perturba o estágio de sono REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês), uma etapa importantíssima para a memória e o aprendizado. Então, o álcool pode dar a falsa impressão de que você vai dormir melhor, mas os benefícios do sono se perderão pelo caminho. 

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