Osíris: Deus do julgamento na mitologia egípcia

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By Goutyne
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Osíris é o deus do julgamento, do além e da vegetação, sendo considerado um dos mais importantes e populares da mitologia egípcia.

Os cultos a Osíris eram muito comuns e são registrados a partir de 2400 a.C. Por esse motivo, diversos templos foram erigidos em sua homenagem.

Essas celebrações ocorriam anualmente por volta de 2000 a.C. as quais eram promovidas em festivais e marcavam todo o ciclo da vida, do nascimento, da morte, do renascimento, além da benção da fertilidade.

Deus do julgamento simbologia

Também chamado de Usir ou Ausar, Osíris deus do julgamento está relacionado com a vida no além pois à ele foi atribuído o trabalho de julgar os mortos.

Para isso, o rei da ressurreição pesava o coração de cada um. Esse processo era chamado de “psicostasia” e acontecia na “sala das duas verdades”. Assim, segundo o resultado obtido, ele decidia o destino das pessoas.

Ele também é cultuado como deus da agricultura porque esse processo também implica na morte e renascimento da vida. Após a colheita, os campos experimentam o vazio até que sejam novamente semeados para produzir novamente. Osíris, portanto, simboliza o renascimento, a ressurreição, a justiça e a fertilidade.

Representação de Osíris

A representação de Osíris é de um rei mumificado com barba e a cabeça adornada com uma coroa. A pele é esverdeada ou preta, como forma de indicar que está, de fato, morto.

Suas figuras, datadas do Novo Reino, período entre 1539 a 1075 a.C., o revelam de braços sobre o peito e segurando em cada uma das mãos um cajado e um açoite.

História de Osíris

Osíris era filho de Geb, deus da terra, e de Nut, deusa do céu e a mãe dos deuses. Ele tinha três irmãos: Set, deus da guerra, da violência e do caos; Néftis, deusa do morte; e Ísis, deusa do amor, da natureza e da magia.

Set casou-se com sua irmã Néftis e Osíris com sua irmã Ísis. O papel de Osíris foi o de governar o império antigo, já seu irmão ficou encarregado de governar o deserto. Decerto, isso causou incômodo em Set que passa a ter muita inveja de seu irmão.

Diante disso, Set prepara uma armadilha para matar Osíris. Ao conseguir prendê-lo num sarcófago, ele foi atirado ao rio Nilo.

Ciente do ocorrido, Ísis fica desesperada e vai atrás do corpo do marido, para enterra-lo com dignidade. Com receio de que sua irmã encontrasse o corpo, Set o dividiu em 14 pedaços e distribui as partes do cadáver de Osíris pelo Egito.

Com a ajuda de sua irmã Néftis, a deusa Ísis desenterrou todos os pedaços, menos o falo (pênis) que fora substituído por um caule vegetal. Após o ocorrido, ele é mumificado e Ísis se transforma numa ave, que tem o poder de ressuscitar Osíris.

Pelo união sexual de ambos, Ísis deu vida ao filho, Hórus, deus do sol nascente, que vingou a morte de seu pai matando seu tio Set.

Assim, Hórus passa a governar o Egito, e Osíris, que foi ressuscitado, passa a viver e governar o submundo. Ali, ele ficou responsável por julgar as pessoas pesando seus corações.

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