A vida na Terra, há mais de 3,5 bilhões de anos, permanece um mistério. Um estudo recente sugere que as primeiras celular podem ter surgido em orifícios hidrotermais, onde reações entre hidrogênio, bicarbonato e magnetita resultaram em ácidos graxos de cadeia longa, possíveis precursores celulares.
As membranas lipídicas, cruciais para a formação celular, podem ter se originado nessas simulações de água do mar antiga. Essas membranas foram essenciais para isolar reações químicas, concentrar produtos químicos e facilitar a produção de energia, desempenhando um papel fundamental nos primeiros momentos da vida.
De onde vieram a primeira celular da Terra?
Orifícios hidrotermais, devido à combinação única de calor e ingredientes químicos necessários para a abiogênese, são considerados locais propícios para o surgimento da vida. Reproduzindo condições primordiais em laboratório, pesquisadores utilizaram água alcalina quente e magnetita rica em ferro, abundante na Terra primitiva.
Ácidos graxos resultantes, com propriedades hidrofílicas e hidrofóbicas, formaram naturalmente “buzunares” orgânicos em ambientes aquáticos. O estudo fornece uma base convincente para entender a formação de membranas celulares, um evento monumental na história da Terra.
Embora muitas perguntas permaneçam sem resposta, essa pesquisa é um passo inicial crucial. Jon Telling, bioquímico da Universidade de Newcastle, destaca a importância de entender como a vida se originou, vislumbrando as “proto-células” nas fases iniciais da evolução celular.
Para a compreensão da vida em outros planetas, as implicações são notáveis. Reações semelhantes podem ocorrer em oceanos alienígenas, como os de luas de gelo, como Europa e Enceladus. Este estudo oferece uma perspectiva fascinante sobre as possíveis origens da vida não apenas na Terra, mas também em outros cantos do cosmos.
