Visto de cima, o Olho do Saara parece uma enorme cratera de impacto no Deserto do Saara, Mauritânia, estendendo-se por 50 km de diâmetro. Esta estrutura, também conhecida como Estrutura de Richat, foi um marco usado pelos astronautas da Gemini na década de 1960. Inicialmente pensada como uma cratera de impacto, estudos recentes datam a formação entre 1 bilhão e 542 milhões de anos atrás, durante o proterozóico Tardio.
O Olho Do Saara É Um Mistério Geológico “Olhando” Para o Espaço
Alguns acreditam que o Olho do Saara é a lendária cidade perdida de Atlântida devido à sua forma circular, mas evidências científicas apontam para uma formação geológica única. Especialistas sugerem que a estrutura se formou por meio do processo de “folding”, criando uma anticlinal simétrica. Outra teoria, proposta em 2014, destaca a presença de rocha vulcânica, indicando atividade vulcânica e mudanças tectônicas relacionadas à separação do supercontinente Pangeia.
A estrutura é uma mistura de rocha sedimentar e ígnea, revelando diferentes padrões coloridos devido à erosão em velocidades distintas. O Olho do Saara, com seu centro contendo uma prateleira calcário-dolomita, diques de anel e rocha vulcânica alcalina, foi reconhecido em 2022 como um dos primeiros 100 sítios do patrimônio geológico pela União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS).
A complexidade geológica do Olho continua a intrigar os geólogos, sendo considerado uma das características mais impressionantes do mundo. Devido ao seu tamanho, a melhor visão é de grandes alturas, preferencialmente do espaço. Por enquanto, exploramos essa maravilha por meio de imagens de satélite, capturando toda a sua glória de forma única.