O que é Máximo solar? o que esperar dele?

Goutyne
By Goutyne
O que e Maximo solar o que esperar dele

Tempestades solares são eventos que atingem a Terra várias vezes por ano e, apesar de seu nome assustador, o fenômeno normalmente passa despercebido para a maior parte das pessoas. No máximo, em casos extremos causando interferências em satélites. No entanto, em 1859 foi diferente, quando ocorreu o que ficou conhecido como “evento de Carrington”.

Durante o próximo máximo solar — previsto para começar em 2025 — é esperado um aumento da atividade solar, com mais erupções solares e ejeções de massa coronal. Isso pode causar eventos climáticos espaciais extremos e interrupções nas comunicações de rádio e na rede elétrica, além de possíveis riscos para a saúde dos astronautas.

O que é o máximo solar e o que esperar

O máximo solar é um pico na atividade solar, que ocorre aproximadamente no meio de cada ciclo solar de 11 anos. É quando o campo magnético do sol atinge seu ponto mais forte.

Especialistas esperam que esse máximo solar seja mais forte do que o anterior, que aconteceu entre 2012 e 2014 — mas que foi o mais fraco em um período de 100 anos.

Com maior força no evento, podemos esperar mais impacto no clima espacial e possíveis consequências relacionadas, como eventos de erupções solares e ejeções de massa coronal.

Além disso, também pode ocorrer interrupções e interferências com as comunicações de rádio, já que as explosões solares consistem em fótons de alta energia que aumentam a ionização na atmosfera superior da Terra.

Erupção Solar Classe M7.9 que ocorreu em junho de 2015.

Outra consequência do máximo solar também pode ser as CMEsque são erupções do campo magnético solar e materiais que alimentam as tempestades geomagnéticas. Elas podem danificar a rede de distribuição de energia se atingirem o campo magnético da Terra.

Também teremos mais rajadas de partículas de alta energia viajando em direção a Terra, representando um grande risco a saúde dos astronautas, passageiros e tripulantes de aeronaves de altas latitudes e altitudes.

É possível que mais rajadas de partículas de alta energia viajem em direção à Terra. Essas rajadas são cerca de quatro vezes prováveis de ocorrer durante um máximo solar do que um mínimo solar.

Embora a maioria desses efeitos seja efêmera, é importante reconhecer que nossa dependência crescente na tecnologia aumenta as apostas. As pessoas na Terra dificilmente poderão ver ou sentir as consequências do máximo solar.

É provável que vejamos auroras mais brilhantes em diferentes latitudes, e os cientistas também encontraram sinais do ciclo solar na estratosfera da Terra, embora esses efeitos não sejam tão significativos ou graves quanto fatores como vulcões, emissões de dióxido de carbono e outras atividades humanas.

No geral, um ciclo solar mais forte significa apenas uma maior probabilidade de eventos climáticos espaciais extremos. Portanto, é importante estar preparado para possíveis interrupções na infraestrutura de grande escala.

Como isso afetará a vida humana?

A resposta curta é: não nos afeta (por mais que alguma pseudociência tente lhe convencer o contrário), pois a Terra é protegida por um campo magnético eficiente em direcionar as partículas solares aos polos do planeta.

Por outro lado, há uma preocupação com os instrumentos científicos e astronautas em órbita, as transmissões de rádio em solo e as redes elétricas. As erupções solares, ejeções de massa coronal e os raios de alta energia podem comprometer algumas dessas tecnologias — ou, na pior das hipóteses, todas elas.

Essa preocupação com as tecnologias é muito justificável, pois nos dias de hoje, em que somos dependentes delas como nunca, o número de satélites, redes elétricas e componentes eletrônicos é muito maior que nos ciclos solares anteriores.

Caso ocorram eventos severos capazes de derrubar redes elétricas por um período mais prolongado, o potencial de impactos sociais e econômicos é grande. Além disso, o hardware de satélites em órbita e da própria Estação Espacial Internacional podem ser prejudicados.

Contudo, é possível proteger esses equipamentos se os pesquisadores puderem prever os eventos potencialmente perigosos com um mínimo de antecedência. Claro, os especialistas em clima espacial já estão se preparando para isso e provavelmente os “ataques” do Sol não nos pegarão de surpresa.

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