[Resenha] Mais que amigos

Goutyne
By Goutyne

Comecei a ler sabendo tudo que eu ia encontrar, não é difícil imaginar situações e desfecho, já que a história é um grande clichê, mas se querem saber a verdade, eu adoro um bom clichê quando ele é bem escrito e desenvolvido e “Mais que amigos” é um livro muito bem desenvolvido, tanto na amizade, quanto no envolvimento e conflitos, me lembrou bastante um filme que eu amo “Amizade colorida” e isso fez eu me encantar ainda mais  pela história, pois eu pude visualizar muito bem e criar imagens nítidas dos acontecimentos.

Parker e Ben são personagens opostos, ela toda certinha, organizada e que mantem um relacionamento estável de alguns anos. Ben por outro lado é um galinha de marca maior e não se envergonha disso, optou por não seguir na carreira escolhida pelos pais e vive alguns conflitos durante a narrativa.

O que junta esses dois afinal? A princípio o companheirismo, carinho e respeito que sentem mutuamente e é nesse ponto que devemos nos apegar enquanto estamos lendo e sentimos a necessidade de jogar os dois da escada.

Tudo está indo bem, até que Lance (que eu acho um embuste) termina com a Parker sem mais, nem menos e ela com o bumbum doendo devido ao chute vai chorar no ombro de seu melhor amigo, depois de bebidas e choro ela decide que vai ser uma pegadora e Ben é incumbido de ensinar a arte do “pega, mas não se apega” para ela.

(In) felizmente não dá muito certo e eles concordam em passar de melhores amigos platônicos para melhores amigos coloridos, com a promessa que nada irá mudar na relação deles. Mas não é bem assim que a acontece.

A autora escreve muito bem, cenário, diálogos, trechos conflituosos, trechos engraçados, personalidades, tudo, absolutamente tudo casa, não existe espaço para “e se?”, ela é objetiva o que torna a história muito rápida e gostosa de se ler, pessoalmente não consegui largar até concluir a leitura e já me pego esperando para conferir mais um trabalho dela.

O livro é narrado em primeira pessoa em capítulos alternados, o que possibilita o leitor a ter uma visão clara do que está acontecendo, entender os conflitos, os pensamentos e decisão dos personagens e isso foi o que deixou tudo mais bonito, entender as decisões tomadas, os arrependimentos e ver que dentro do contexto de cada um aquele era o melhor caminho para O OUTRO, o companheirismo e lealdade é tamanha que o outro sempre vem em primeiro lugar e mesmo que custe o coração a felicidade da pessoa amada é a prioridade nessa história.

Como eu disse esse livro é um clichê ambulante, previsível, porém encantador, da capa até o último ponto final, fiquei encantada com o capricho da editora, a capa passa muito a vibe dos protagonistas, quando eu olho para ela posso ver claramente Parker e Ben em um momento feliz e descontraído, pena que fisicamente não condiz muito com os personagens, mas quem liga para isso? Eu, claramente não.

O livro me trouxe um quentinho no coração, me levou para a zona de conforto e me fez feliz, pois eu sou adepta aos bons finais, cheios de sorrisos e promessas.

Mais uma coisa é certa, quando estamos dispostos a arriscar uma amizade por algo físico, precisamos estar cientes que a relação vai mudar, para bem ou para o mal, nada mais será como antes e tudo bem, pois o sentido de viver é evoluir e isso meus amores é a vida no seu estágio mais clichê, sendo apenas real.

Eu recomendo demais essa leitura, para curar uma ressaca, para passar o tempo, para fazer suspirar e acreditar no amor. Esse foi de fato um livro que me agradou muito e espero que isso aconteça com vocês também.

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