Deixar o bebê ‘chorar até dormir’ pode fazer mal?

Goutyne
By Goutyne
Deixar o bebe chorar ate dormir pode fazer mal

A chegada de um bebê à família geralmente é um momento de muita celebração e alegria, mas também é um momento de muito estresse e mudanças. A rotina dos pais se transforma da água para o vinho e isso é inevitável, afinal de contas existe um bebê tentando se adaptar à família, enquanto a família se adapta ao bebê. Os primeiros meses geralmente são os mais desafiadores, para todas as partes.

De todas as coisas que um bebê pode alterar na vida dos pais, o sono é uma das principais. O responsável pelo bebê geralmente vê sua vida virar de cabeça para baixo, afinal de contas bebês precisam de assistência para absolutamente tudo em suas vidas. Mas o sono tende a ser a alteração mais dolorosa, porque a falta de sono afeta toda a rotina no dia seguinte, e sucessivamente. Por conta disso, se popularizaram diversas técnicas, métodos, crenças sobre a noite de sono do bebê.

A equação é simples: quanto mais o bebê dorme, mais seus pais dormem. Quanto mais os responsáveis dormem, melhor é o dia. Mas nem sempre é uma tarefa simples colocar um bebê para dormir. Se muitos dormem tranquilamente sem nenhuma interrupção por horas a fio, muitos também tem sonos rasos e acordam com muita facilidade por qualquer motivo possível. Quanto aos pais, as técnicas para fazer com que seus bebês durmam mais são muitas.

Deixar o berço no quarto dos pais, dormir na mesma cama que o bebê, “acampar” no quarto do bebê… as opções são variadas e cada responsável vai optar por uma dela. Mas de toadas essas técnicas, existe uma que acaba sendo a mais polêmica de todas: o famoso deixar “chorar até dormir”.

A polêmica e quais são suas consequências

Bebês humanos são criaturas totalmente indefesas e incapazes de cuidar de si próprias. Por conta disso, muitas pessoas veem como crueldade a ideia de deixar bebês chorarem até dormir. No entanto, por mais radical que possa parecer, essa prática não é necessariamente prejudicial aos bebês, embora alguns cuidados precisem ser tomados.

Antes de tudo, é preciso entender que estudos científicos nessa área esbarram em dificuldades técnicas difíceis de driblar. No entanto, isso não nos impede de tirar algumas conclusões a partir da produção bibliográfica gerada até aqui. Uma dessas conclusões, por exemplo, é entender que bebês são diferentes entre si e, consequentemente, qualquer técnica pode ter efeito diferente entre eles.

Sendo assim, é possível que alguns bebês se adaptem melhor a ausência de algum adulto. Isto é, alguns bebês podem ser capazes de permanecer sozinhos até pegar no sono novamente, sem necessariamente dependerem de algum adulto para nina-los. Ao mesmo tempo, alguns bebês podem passar por um aumento de estresse e ansiedade diante deste cenário. Alguns cuidados precisam ser levados em conta, conforme alertam especialistas na área. Em primeiro lugar, nenhum bebê com menos de 3 meses deve ser ignorado em seu choro. Ao mesmo tempo, bebês com alguma experiência traumática também tem chances maiores de desenvolver algum transtorno de ansiedade ao serem ignorados no berço.

De forma geral, os especialistas que defendem a ideia de estimular bebês a terem mais autonomia o fazem por um motivo: a saúde da família, levando em conta o sono dos pais, especialmente a mãe que, na maioria das culturas, ainda acumula uma série de tarefas relacionadas a criança. Se os pais não estão incomodados com a quantidade de vezes que precisam acordar para embalar a criança, então não é recomendado uma tentativa de mudar a prática.

Não existem estudos que apontem a associação entre o “chorar até dormir” e a ocorrência de transtornos emocionais ou algum outro tipo de prejuízo para a criança. Ainda assim, vale ressaltar que não existem tantos estudos assim nesta área; portanto, ainda existe muito a se descobrir. O que se pode afirmar neste momento é que esta abordagem não é necessariamente cruel como pode parecer, mas também não é uma regra a ser seguida em qualquer contexto. Se os pais acreditam ter mais a ganhar com a abordagem, então não há porque não tentar, desde que respeitando os cuidados e tendo atenção aos sinais da criança, de preferência com acompanhamento pediátrico.

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